Brasília e Cuiabá – Dez dias após o acidente com o Boeing da Gol, ainda são grandes as dificuldades nos trabalhos de busca às vítimas do desastre aéreo – o maior da aviação brasileira. Ontem, as equipes de resgate ganharam um reforço de 80 homens do Exército – com experiência em operações na selva. Até a noite de ontem foram resgatados 143 corpos dos 154 passageiros que estavam a bordo da aeronave.

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Os trabalhos de localização e resgate dos corpos na mata fechada são conduzidos pela Força Aérea Brasileira (FAB). Para chegar ao local do acidente, os militares tiveram que descer em rapel ou em pára-quedas. Uma clareira precisou ser aberta, e árvores de aproximadamente 40 metros de altura foram derrubadas.

Conforme são encontrados, os corpos são ensacados e pré-identificados por uma equipe de peritos. Depois, são levados para a base da FAB instalada na fazenda Jarinã e, em seguida, para a da serra do Cachimbo. De lá saem as aeronaves da corporação que transportam os corpos para Brasília, onde os peritos da Polícia Civil assumem a tarefa de identificá-los.

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O método preferencialmente usado para identificar os corpos é o confronto entre as impressões digitais e os registros de cada pessoa mantidos pelos estados. Esses registros são elaborados quando o cidadão pede a emissão da carteira de identidade. Quando a coleta de impressões digitais não é possível, os corpos passam por exames de DNA.