A volta do tumor maligno no abdome de José Alencar é apontada como evidência de erro cirúrgico na operação a que o vice-presidente foi submetido há três meses e meio no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Um dos médicos que aconselham o vice-presidente já o alertara para o suposto erro médico na época da cirurgia. A remoção do tumor teria sido incompleta, além de outras falhas de procedimento.

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As chances de cura são hoje menores do que há três meses, mas ainda substanciais, principalmente pelo fato de não ter havido metástase. O Memorial Sloan-Kettering Cancer Center de Nova Iorque, onde Alencar deverá ser reoperado na próxima semana, é considerado um dos melhores dos EUA.

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Vodu – Com o segundo governo em formação, a ciumeira está em alta no PT. Além de Marta Suplicy, alvo preferencial dos palacianos, há Fernando Pimentel. Os mineiros abrigados no primeiro escalão não acham a menor graça na ascensão da estrela do prefeito de Belo Horizonte.

Salto agulha – Um aliado de Lula se diverte com o número de candidatas a ministras na bolsa de apostas, agora acrescida de Roseana Sarney. "Se colocar no governo esse tanto de mulher, o presidente vai ver o que é dor de cabeça", diz, em tom de brincadeira.

Bote – Uma raposa analisa a corte feita pelo presidente ao governador de Minas: "O Aécio que se cuide. O Lula vai abraçá-lo como uma sucuri".

Sem trégua – Enquanto uma parcela importante do PMDB trabalha para costurar a adesão dos oposicionistas a Lula, Jáder Barbalho tem defendido a tese de que o grupo deve ficar a pão e água na divisão dos espaços a que o partido terá direito no governo e no Congresso.

Vigília – Explicação dada por um observador para a mobilização peemedebista em Brasília no feriado: escaldado, o partido quer evitar que o PT se antecipe e só deixe "gamelas vazias" para o aliado.

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Vá por mim – A primeira coisa que Lula diz aos governadores eleitos é que escolham sozinhos os secretários, sem aceitar palpites.

Munição – O PFL está se pintando para a guerra da presidência do Senado. A liderança do partido mandou levantar em todas as áreas da Casa as realizações de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência e os discursos do peemedebista, para comparar as promessas e o que foi feito.

Entre cristais – Já Renan age com máxima cautela. Foi do presidente do Senado a idéia de que Roseana Sarney não se filiasse de cara ao PMDB, após deixar o PFL. O peemedebista ainda aposta no entendimento, e não quer melindrar os pefelistas.

Fatura – Passa pelo governador reeleito de Roraima, Ottomar Pinto, a negociação para que Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) se filie ao partido e ajude a contabilizar aliados pró-PFL na briga pela presidência do Senado. O tucano apoiou a reeleição do senador.

Custa caro – Um aliado experiente vaticina: o governo terá de entregar os anéis e os dedos se quiser eleger um petista à presidência da Câmara. Não há sinal de que Lula pretenda se lançar nessa odisséia.

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Bode na sala – Na opinião de correligionários, Arlindo Chinaglia (PT-SP) se lançou pré-candidato à presidência da Câmara menos por julgar que tem chance e mais de olho em alguma compensação.

Troca da guarda – Eduardo Campos (PSB) não terá problemas para compor maioria na Assembléia Legislativa de Pernambuco. Dos 49 deputados estaduais, a estimativa é que 33 apóiem o governador eleito. Além disso, 16 dos 25 deputados federais integram os partidos que o apoiaram no segundo turno.

TIROTEIO

* Do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), sobre as críticas à imprensa feitas após as eleições por dirigentes do PT e do governo:

– Essas são as últimas escaramuças de uma guerra que já terminou. Não há como o clima de beligerância sobreviver.

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