Familiares e amigos cobram lista de passageiros no balcão da TAM no Salgado Filho| Foto: José Ernesto/Correio do Povo

São Paulo – Os sucessivos escândalos envolvendo parlamentares e a resultante troca de lideranças políticas no Congresso provocaram um elevado índice de renovação entre os 100 deputados e senadores mais influentes, segundo o novo levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). O estudo mostra que houve uma troca de 40% entre os parlamentares considerados do grupo de elite.

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A 14.ª edição do livro "Os Cabeças do Congresso Nacional" que lista os 100 deputados e senadores da elite, será lançado na primeira semana de agosto. O levantamento classifica os parlamentares em cinco categorias: os com mais habilidade para o debate, para a articulação, os melhores formuladores, os negociadores e os formadores de opinião.

O levantamento deste ano tem 73 deputados e 27 senadores. Desses, 13 são nomes que nunca fizeram parte da lista. "Chamam atenção alguns nomes que chegaram e logo se destacaram como lideranças", disse o analista político e diretor do Diap, Antônio Augusto de Queiroz. Um dos casos é o deputado Flávio Dino (PC do B-MA). "Ele chegou nesta legislatura, não tem cargo nas comissões e mesmo assim já virou uma liderança, por ser considerado um dos maiores especialistas em questões jurídicas na Casa." Pela classificação do Diap, o parlamentar tem como característica principal o fato de ser um bom articulador.

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O levantamento feito pelo Diap mostra que existem seis parlamentares (dois deputados e quatro senadores) que desde que começou o levantamento, há 14 anos, sempre figuram entre os 100 mais influentes do Congresso. São eles: os deputados Inocêncio Oliveira (PR-PE) e Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR); e os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), José Sarney (PMDB-AP), Paulo Paim (PT-RS) e Pedro Simon (PMDB-RS). Na lista deste ano, constou também o nome do deputado Julio Redecker (PSDB-RS), morto no acidente da TAM, na terça-feira.