A 15 dias do Natal, o trânsito no Centro de Curitiba reflete o movimento do comércio. Os shoppings da região central já registram crescimento de 20% no número de veículos que utilizam seus estacionamentos. Próximos aos grandes centros comerciais, os estacionamentos particulares também apontam que a clientela aumentou em média 31%. Além disso, dados do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) mostram crescimento de 5,08% na frota de veículos da capital nesse ano, hoje estimada em 886.111 carros. Nas ruas, o grande fluxo é traduzido em congestionamentos e maior risco de acidentes.
Historicamente, de acordo com dados do BPTran, dezembro é o mês recordista em acidentes. Em 2004, dezembro teve 316 acidentes registrados a mais do que em novembro. Além disso, o número de desastres com vítimas, em relação a média anual, foi 7% mais alto. Enquanto a média foi de 542 acidentes nos demais meses, em dezembro foram 584.
As causas para a piora na segurança do tráfego apontado pelo tenente do BPTran Alexandre Lamour Viana é a desatenção às normas de trânsito e o aumento no consumo de bebidas alcoólicas nessa época, motivado pelas confraternizações de final de ano. "A irresponsabilidade é o fator principal. As pessoas deixam de se preocupar com a condução do veículo, voltando-se para as festas de fim de ano", diz. Segundo Viana, além da ingestão de bebida alcóolica, dirigir em alta velocidade, falando ao telefone celular ou com animais soltos dentro do carro são alguns exemplos de imprudência que podem levar a acidentes graves.
Pior época
Os motoristas de táxis consideram esse o pior período do ano para se dirigir no centro da cidade. Para João Penicovinski, a principal dificuldade é driblar os veículos estacionados em locais proibidos. "Os carros que param onde não devem complicam demais o fluxo do tráfego", alega. Para Andrey Antunes, que há cinco anos trabalha como taxista, ruim mesmo são os condutores que não respeitam as faixas da pista.
"Os carros lentos trancam a pista rápida", argumenta. Dione Alves Figueira lembra ainda que o trânsito complicado não é ruim só para o taxista, mas também para o cliente que vai pagar mais pela corrida demorada. "É ruim para o negócio", alega.
Melhor horário
O trânsito fica mais crítico entre as 18 e 21 horas, segundo o Departamento de Trânsito de Curitiba (Diretran). O movimento, de acordo com o diretor de Trânsito, Gilberto Foltran, deve continuar até 24 de dezembro. Enquanto isso, a dica para quem ainda precisa fazer compras de Natal é evitar o período de pico. Segundo Foltran, os melhores horários são pela manhã ou início da tarde. "Quem não tiver tempo disponível nesses períodos vai precisar se armar de paciência", ressalta.
Para aqueles que precisam fazer compras e utilizam o Centro como caminho para chegar de um bairro a outro, Foltran explica que é importante que os motoristas encontrem rotas alternativas, evitando regiões próximas a shoppings e áreas de comércio. "Também vale lembrar para que as pessoas não deixem suas compras para a última hora porque o congestionamento pode ser mais complicado", salienta.
O Diretran alerta ainda que o movimento nas proximidades da rodoviária a partir da semana que vem também aumenta por conta das viagens de fim de ano. E para quem não se dirige para a rodoviária, mas utiliza as ruas de acesso para chegar a outro lugar, o melhor é fugir delas para escapar do trânsito lento.
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