O advogado da escola de inglês que fechou repentinamente no bairro Novo Mundo, em Curitiba, informou que a instituição passava por dificuldades financeiras. Segundo os funcionários da empresa, nem os empregados e nem os alunos foram avisados previamente do fechamento. De acordo com o advogado da escola, que pediu para não ser identificado, que o encerramento das atividades ocorreu por causa de uma ação de despejo e em virtude de problemas de caixa enfrentados pelos proprietários.
Em nota enviada por e-mail, o advogado da escola, que era franqueada da Wise Up, uma ação de despejo que tramita na 19.ª Vara Cível de Curitiba motivou o fechamento repentino do estabelecimento. Além disso, as dívidas acumuladas chegam a R$ 500 mil e abrangem a instituição de ensino e os sócios da escola, o que, segundo o advogado, levou à "completa lapidação de seus patrimônios pessoais estando hoje com dificuldades de subsistência". A empresa agora deve entrar com processo de autofalência.
Ainda segundo a nota, a Wise Up, dona da franquia, não teria dado assistência ou consultoria aos franqueados, mesmo que, segundo o advogado, estivesse a par das dificuldades enfrentadas pela escola. Sobre as dívidas trabalhistas, o advogado informou que isso é prioridade e que deverá ser "habilitado junto ao processo falimentar". Sobre os alunos, ele confirmou que eles foram repassados à Wise Up para que sejam remanejados para outras sedes.
Anteontem, a Wise Up havia informado à Gazeta do Povo que tinha conhecimento de falhas cometidas pelos responsáveis pela escola do Novo Mundo. Ontem, a reportagem voltou a entrar em contato com a empresa, mas o responsável pelo setor de franquias não foi localizado. Em comunicado, a Wise Up informou que a unidade do Novo Mundo foi fechada "por seu representante legal sem a prévia comunicação ou autorização da franqueadora".
Fechamento
Os funcionários e alunos da escola foram surpreendidos na terça-feira, quando, pela manhã, chegavam para as aulas e encontraram o local com as fechaduras trocadas. Com isso, ninguém pôde entrar. Vizinhos teriam informado que, durante a noite anterior, o proprietário teria removido os móveis e fechado o local.