Escola inacabada e correndo risco ambiental deve começar a funcionar na quinta-feira

• 0

Os alunos da escola estadual Shirley Catarina Tamalú Machado, no Jardim Fênix, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), terão que esperar mais uns dias para começar o ano letivo. O motivo é o atraso nas obras na escola. As aulas estavam previstas para começar nesta segunda-feira, mas a diretora, após uma reunião, decidiu liberar os estudantes. O ano letivo na escola deve começar só na quinta-feira.

A previsão da Secretaria Estadual de Educação era de que as aulas começassem nesta segunda-feira, mas depois de uma reunião entre a direção do colégio com pais e professores o início do ano letivo foi adiado. A diretora, Éli Weinfurter, acredita que só será possível realizar atividades em sala de aula na quinta-feira. O engenheiro João Garcia, da Endeal Engenharia e Construções, responsável pela obra, acha, no entanto, precipitado fazer qualquer aposta.

O início das aulas nesta segunda-feira iria contrariar uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e poderia oferecer risco de acidente para os alunos, funcionários e professores. A escola deveria ter sido entregue em dezembro do ano passado, mas, de acordo com Garcia, uma série de atrasos no pagamento impossibilitou o cronograma. "Não recebemos desde de dezembro, mas continuamos trabalhando."

Além disso, segundo ele, a escola estaria sendo construída em cima de uma mina da água. A resolução do Conama de número 303, de 20 de março de 2002, estabelece que as construções feitas sobre nascentes ou olhos d’água devem estar há, no mínimo, cinqüenta metros de distância para respeitar a bacia hidrográfica contribuinte.

A reportagem da Gazeta do Povo esteve na escola na última sexta-feira. A parte externa está pronta, mas no interior do prédio, pedaços de madeira, de ferro e restos de construção ainda ocupavam o espaço que deverá ser de trânsito dos alunos.