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Escolas de samba pedem sambódromo curitibano

Cândido de Abreu pronta para o desfile em 2012: local nunca foi uma unanimidade | Antônio More/Gazeta do Povo
Cândido de Abreu pronta para o desfile em 2012: local nunca foi uma unanimidade (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

O atraso na liberação da verba de apoio às escolas de samba habilitadas a desfilar em 2013 revela que o carnaval de Curitiba ainda está longe de atingir a profissionalização. Além do repasse tardio, as agremiações apontam o esgotamento da Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico, palco dos desfiles, como o principal entrave ao crescimento do evento. Quem está diretamente envolvido no carnaval avalia que um "sambódromo curitibano" seria o primeiro passo para a Festa de Momo realmente se desenvolver na capital paranaense. A reivindicação faz parte de uma carta entregue pelas escolas de samba à Fundação Cultural de Curitiba (FCC).

Em média, a Cândido de Abreu recebe 30 mil pessoas por desfile. A própria FCC reconhece que o espaço já não é adequado, mas defende mais discussões e planejamento antes que a ideia do sambódromo saia do papel. "Para o carnaval que temos hoje, a Cândido de Abreu está ficando pequena. Temos que pensar em um outro espaço, mas é um estudo para longo prazo", aponta o presidente da Comissão do Carnaval 2013, Jaciel Teixeira.

Um sambódromo permitiria que as agremiações se financiassem profissionalmente, a exemplo do que ocorre no Rio de Janeiro e em São Paulo. As associações poderiam explorar espaços nobres, como camarotes patrocinados e pontos de merchandising, revertendo o dinheiro aos desfiles. "Haveria um salto de qualidade. A televisão se interessaria e contrato para transmissão ao vivo também gera dinheiro às escolas", avalia a presidente da Acadêmicos da Realeza, Bárbara Murden. "Nas outras épocas do ano, o espaço poderia ser usado para outros eventos, para festas evangélicas, por exemplo, como uma arena multiuso", sugere o presidente da Mocidade Azul, Altamir Jorge Lemos.

Hoje, boa parte dos gastos das escolas é destinado a pagar o aluguel de quadras e barracões, onde as fantasias e carros alegóricos são confeccionados e permanecem até o dia do desfile. Na carta de reivindicações entregue à prefeitura, as agremiações também pedem à prefeitura a destinação de um espaço onde possam cuidar dos preparativos da festa.

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