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greve dos professores

Escolas fazem mutirões para colocar em dia o trabalho atrasado

No Colégio Loureiro Fernandes, no bairro Ahú, o dia foi de faxina para colocar tudo em ordem para o retorno dos estudantes | Jonathan Campos/Agência de Notícias Gazeta do Povo
No Colégio Loureiro Fernandes, no bairro Ahú, o dia foi de faxina para colocar tudo em ordem para o retorno dos estudantes (Foto: Jonathan Campos/Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Apesar de o sindicato dos professores e da Secretaria de Estado da Educação (Seed) terem convocado os alunos a retornarem às salas de aula nessa quarta-feira (10), muitas escolas optaram por não reabrir hoje, mas somente na quinta-feira (11). É que a retomada efetiva das aulas depende de a estrutura dos colégios estar apta para receber os estudantes, o que envolve a limpeza de toda a estrutura e manutenção de estoques de merenda, materiais escolares e itens de uso diário.

É o caso do Colégio Loureiro Fernandes, no bairro Ahú, em Curitiba. Durante toda a quarta-feira (10), professores e funcionários fazem um mutirão para colocar todo o trabalho suspenso durante a greve em dia, incluindo uma grande faxina e triagem das merendas, pois alguns itens venceram e têm de ser descartados, enquanto outros, com prazo de validade no limite, serão doados.

“Precisamos fazer uma boa limpeza nas salas, cozinha e jardins; verificar as merendas e outros materiais de expediente. Mas o mais importante é definir junto aos professores qual será a abordagem a partir de amanhã. Vamos chamar os alunos para o auditório para explicar tudo o que aconteceu e como será daqui para frente. Os alunos foram prejudicados, mas é importante ressaltar que o prejuízo é momentâneo, que será compensado posteriormente”, explicou Amilton Costa, diretor do colégio.

Durante a manhã, a equipe pedagógica reuniu-se para discutir o planejamento do novo calendário escolar e qual será a melhor forma de realizar a reposição dos dias letivos perdidos. Cada escola possui autonomia para definir seu próprio calendário de reposição, mas a Seed deve estabelecer algumas diretrizes sobre a extensão do calendário.

“Podemos utilizar sábados, férias de julho e até janeiro, se for preciso, para garantir que a carga letiva de 200 dias seja cumprida presencialmente. No caso dos alunos que prestam vestibular esse ano, acredito que teríamos que pensar em um calendário escolar diferente para essas turmas, mas nada foi decidido ainda”, disse Costa.

Retorno

Já na Escola Estadual Cecília Meireles, no Tarumã, também em Curitiba, as aulas começaram hoje, embora pouco mais de 50% dos alunos tenha aparecido. A expectativa do diretor, João Alberto de Souza, é que o retorno alcance 100% dos alunos somente a partir da próxima semana.

A Seed informou que disponibilizará um balanço sobre a reabertura das escolas estaduais somente no fim da tarde de hoje. A APP-Sindicato, que representa os professores, não realizará esse levantamento.

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