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Vizinhos - SC e RS são mais democráticos

O sistema de escolha do coordenador da bancada paranaense destoa do utilizado por parlamentares dos outros dois estados do Sul. Em Santa Catarina, há um rodízio na liderança a cada seis meses. No Rio Grande do Sul, a mudança ocorre a cada quadrimestre.

Chico da Princesa, o atual coordenador paranaense, não foi eleito para o cargo e está no posto há dois anos. O antecessor, o ex-deputado José Borba, ficou seis anos. Só saiu porque renunciou ao mandato parlamentar em 2005, após denúncias de envolvimento no esquema do mensalão.

Tanto catarinenses quanto gaúchos não permitem que o deputado fique no cargo duas vezes consecutivas. Nos dois estados, a escolha é feita respeitando critérios de votação das legendas nas últimas eleições. Os quatro partidos com mais parlamentares eleitos, pela ordem, mais um quinto bloco com os demais partidos, indicam os representantes. No Paraná, por exemplo, o PMDB tem a maior bancada e teria o direito de indicar o primeiro coordenador, sendo sucedido pelo PT. (AG)

Brasília – A escolha do novo coordenador da bancada paranaense no Congresso Nacional foi adiada ontem pela segunda vez. Ela deve ser realizada na próxima quarta-feira, quando os parlamentares têm um encontro com o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), para discutir emendas ao orçamento. Após muita confusão, a tendência é que haja uma eleição entre os deputados Alex Canziani (PTB), Dilceu Sperafico (PP) e Rodrigo Rocha Loures (PMDB).

O coordenador é o responsável pela tramitação das emendas feitas em conjunto pela bancada ao orçamento da União. Neste ano, elas representam cerca de R$ 200 milhões em recursos previstos para o estado. O valor é 10% maior do que o das emendas individuais. Além dessa função, é o líder que cuida do relacionamento dos 30 deputados e 3 senadores com os governos federal e estadual.

A escolha deveria ter ocorrido na última terça-feira, em uma reunião que também tratou do Plano Plurianual de Investimentos do governo federal. O atual coordenador, Chico da Princesa (PR), disse que a troca deveria ser realizada em outro encontro. Após discutir com o colega Ricardo Barros (PP), afirmou que marcaria a eleição para ontem, às 15h30.

Chico, porém, reviu a situação e agendou uma reunião para a próxima quarta-feira. Apesar disso, o deputado Osmar Serraglio (PMDB) reservou um plenário da Câmara e convocou os demais paranaenses para definir a escolha às 15 horas. O próprio Serraglio faltou à reunião, que contou com 13 deputados e precisaria de 17 parlamentares para ter quórum.

Durante o encontro, um documento que pedia a aclamação de Canziani para coordenador e Sperafico para coordenador-adjunto circulou entre os parlamentares. Sperafico disse que não sabia da lista. "Não aceito ser adjunto, sou candidato apenas a coordenador e, se for necessário, disputo eleição."

Canziani, beneficiário do documento, faltou à reunião. O terceiro candidato, Rocha Loures, reforçou a intenção de ocupar o cargo e lamentou a tensão entre os colegas. "Não é uma eleição para diretório acadêmico, mas a escolha do líder da bancada federal do quinto estado mais rico do país", disse. (AG)

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