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São Paulo (Folhapress) – O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), afirmou ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve antecipar sua decisão sobre se será ou não candidato à Presidência da República novamente, mesmo com o anúncio de que Geraldo Alckmin (PSDB) vai entrar na disputa. "A escolha do PSDB não muda nada para a gente. O presidente tem uma situação específica. Ele é o presidente e tem tempo para tomar sua decisão", afirmou Berzoini.

Segundo o presidente do PT, o partido não tinha preferências entre o governador Geraldo Alckmin ou o prefeito José Serra. Alckmin foi confirmado oficialmente na tarde de ontem como o candidato tucano à sucessão presidencial. "Não cabe ao PT escolher o seu adversário. A escolha nos é indiferente. Não muda em nada nosso ritmo", disse Berzoini.

Sobre a possibilidade de uma aliança com o PMDB para a composição da chapa que disputará o Planalto, Berzoini afirmou que o PT "nunca negou seu interesse nesta aliança, mas respeita a decisão do PMDB de fazer suas prévias e ter uma candidatura própria".

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, seguiu o mesmo discurso de Berzoini e disse que o governo não tem preferência por candidatos. "O governo respeita o processo de escolha dos candidatos e obviamente deseja que seja feito com toda a rapidez possível. Não temos opinião contra ou a favor de qualquer candidato", afirmou a ministra.

PT x FH

O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), afirmou que o partido vai trabalhar para vincular a imagem de Alckmin a tudo o que ele considera de "ruim" como marca do governo Fernando Henrique Cardoso.

"Vamos lembrar que o PSDB foi o governo das privatizações e vamos vincular a imagem de Alckmin com o risco da volta das privatizações. Ele pode querer agora privatizar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal. Afinal, as privatizações são a marca registrada dos tucanos", disse.

O líder petista já lançou uma primeira pergunta e desafio para o candidato tucano: "O governador Geraldo Alckmin fez duras críticas ao programa Bolsa-Família. Ele pretende acabar com o programa? Esta é a primeira pergunta que ele tem que responder em um debate", afirmou Fontana.

O deputado avaliou ainda que o processo de escolha do nome do candidato do PSDB deve ter sido muito duro para o partido. "Expôs para a opinião pública a fissura existente no partido. Ao PT não cabe escolher adversário, apenas vencê-lo."

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