Aparecida consegue todas as vitaminas de que precisa combinando alimentos preparados em casa| Foto: Priscila Forone/ Gazeta do Povo

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Até há algum tempo, achava-se que o alimento supria todas as necessidades. No entanto, como explica o pediatra Cícero Alaor Kluppel, esse conceito tem mudado para alguns casos.

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Bê-Á-bá

As nutricionistas funcionais Flávia Sguário, Shirlei de Sá Ribas e Carolina Ribeiro explicam como as vitaminais e os minerais agem no organismo e como tirar melhor proveito dos alimentos:

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Perda de cabelos, unhas frágeis, zumbido no ouvido, má digestão, necessidade exagerada de sal, mau humor, falta de interesse, dores pelo corpo. Isolados, cada um desses sintomas provavelmente passaria despercebido, ou seria visto como consequência de um dia difícil no trabalho ou de uma noite maldormida. Entretanto, eles podem ser uma maneira de o organismo avisar que está carente de vitaminas e minerais, componentes naturais encontrados nos alimentos, responsáveis pela manutenção e desenvolvimento de cada célula do corpo humano.

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Embora os sintomas citados acima não pareçam ser motivo para preocupação, a falta crônica desses nutrientes pode causar doenças sérias como anemia, artrite, diabete, insuficiência hepática, osteoporose e depressão, além de aumentar os riscos de doenças cardíacas e até de câncer.

O corpo precisa de vitaminas e minerais desde a infância até a velhice. Em algumas fases da vida, alguns nutrientes são mais importantes que outros. A recomendação diária para cada idade depende de alguns fatores. Existem tabelas que informam as quantidades certas para todas as faixas etárias, mas para garantir uma ingestão equilibrada dessa verdadeira "sopa de letrinhas", o ideal é seguir uma dieta variada, rica em alimentos, e que a própria natureza oferece: frutas, verduras, legumes, cereais integrais – que não perderam seus nutrientes importantes nos processos de industrialização e refinamento – e carnes magras.

Quando a socióloga e publicitária Aparecida Demarchi, 43 anos, decidiu que seria vegetariana, há pouco mais de sete anos, descobriu que o segredo da saúde está na variação de alimentos. "Passei a me preocupar muito mais com o que eu colocava no prato e com a forma como os alimentos são preparados", conta. "Hoje procuro fazer todas as minhas refeições em casa e aprendi a fazer inúmeras combinações com os alimentos. Desde que passei a tomar esses cuidados, perdi peso, a minha digestão se regularizou, durmo melhor e estou muito mais produtiva", revela.

Consumo correto na infância

Os pais precisam estar atentos à ingestão de vitaminas e minerais dos filhos. Os alimentos industrializados – como biscoitos, salgadinhos e refrigerantes –, consumidos em grandes quantidades pelas crianças, são muito pobres de nutrientes. De acordo com o pediatra Cícero Alaor Kluppel, a dieta delas também deve ser rica em frutas, verduras, cereais e carnes magras.

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A carência de nutrientes essenciais pode causar danos permanentes. A falta de vitamina A, encontrada principalmente nos produtos lácteos e na gema do ovo, pode causar cegueira noturna. Uma dieta pobre em vitamina D, por sua vez, aumenta o risco de desenvolver raquitismo, doença que atinge o tecido ósseo e que pode prejudicar o crescimento, além de levar a deformidades e fraturas. "A doença mais comum entre as crianças é a anemia por deficiência de ferro. A ingestão de vitamina C também é importante para evitar a doença, pois contribui para a absorção do mineral pelo organismo", explica o médico.