Participantes, apoiadores e voluntários do Movimento Escoteiro, em Curitiba, vão enfrentar o frio das manhãs de inverno na capital paranaense, hoje, para participar da comemoração dos 100 anos do escotismo no mundo. Às 5h30, está programado no Jardim Botânico o encontro de cerca de 500 pessoas para acompanhar o nascer-do-sol e renovar as promessas escoteiras evento que ocorre simultaneamente em 216 países e territórios, com 28 milhões de membros.
Com essa participação, o Paraná pretende manter a tradição do movimento. "O escotismo está no Brasil desde 1910 e no Paraná desde 1914. Há uma tradição e Curitiba é o maior movimento no Paraná", diz Paulo Salamuni, presidente da União dos Escoteiros do Brasil (UEB), com sede em Curitiba.
No país há cerca de 60 mil escoteiros. Atrás de São Paulo e Rio Grande do Sul, o Paraná é o terceiro estado com mais membros: 7,5 mil. Para a chefe escoteira Viviane Geronazzo Franco, 36 anos, o movimento é forte pelas mudanças que provoca. "Conviver com as pessoas é complicado, mas no escotismo você acaba aprendendo a entender um pouco as diferenças", conta. Responsável por ir buscar os três filhos que participam das atividades escoteiras, ela se interessou pelo movimento há dois anos.
"Nosso pai é o único da família que faz parte do movimento, mas que ainda não é escoteiro", diz a estudante Natália. Ansiosa, a família começou a se preparar para o evento na noite de ontem. "De manhã, com o frio dá um pouco de preguiça, mas se eu não for, os meus filhos me tiram à força da cama", brinca Viviane. A previsão do Instituto Tecnológico Simepar é de que os termômetros marquem de 8ºC a 9ºC na capital no início da manhã.
Conhecida como Amanhecer do Escotismo, a celebração ocorre no mundo inteiro. "No momento atual, em que há falta de entendimento e tolerância, o movimento escoteiro auxilia o jovem para o seu próprio desenvolvimento pessoal", diz Salamuni, que participa do encontro mundial dos escoteiros na Inglaterra.
História
Foi na ilha inglesa de Browsea que, em 1907, aconteceu o primeiro acampamento criado por Robert Baden-Powell. Nas comemorações do centenário, porém, apenas um grupo restrito terá acesso à ilha. Os paranaenses Júlia Wuestefeld e Sven Hoffmann foram os dois jovens selecionados para representar o Brasil.
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