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O PFL se agarra com todas as forças a uma de suas últimas tábuas de salvação após o naufrágio eleitoral: quer porque quer convencer o PSDB a lhe dar suporte para disputar a presidência do Senado.

Para se contrapor ao esperado crescimento do PMDB, que ameaça lhe tomar o posto de maior bancada, o PFL incentiva o partidoaliado a engrossar suas fileiras. Os tucanos cortejam Mozarildo Cavalcante (PTB-RR).

O PFL também tentou convencer Leonel Pavan (PSDB), vice-governador eleito de Santa Catarina, a não se diplomar para votar na eleição da Mesa, em fevereiro.

Pavan disse não, mas prometeu deixar a vaga com Selma Wesphtal, que se filiaria ao PSDB, em vez de passá-la a Neuto de Conto (PMDB).

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Cerco – Lula percebeu que Tarso Genro não agiu sozinho ao anunciar, no dia da eleição, "o fim da era Palocci". E não gostou nem um pouco disso. Bumerangue – Há quem ache que a afoiteza da ala "desenvolvimentista" do governo contribuirá para selar a permanência de Henrique Meirelles no Banco Central. Tricô – O governador reeleito de Minas telefonou ontem para Lula. "Ô, Aécio, pensei que você não quisesse mais falar comigo", disse o presidente todo bem-humorado. Tucano e petista combinaram de se encontrar depois do feriado. Sabor especial – Diante dos números da votação em Minas, que recebeu do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, Lula se deliciou especialmente com um dado: os 73% obtidos em Juiz de Fora, terra de Itamar Franco.

Em órbita – Quando Luiz Dulci proclamou, em discurso na festa petista de domingo, que foi a vitória "de todos os que acalantam o sonho do socialismo", seus próprios correligionários o olharam como se o ministro tivesse acabado de chegar de Marte. Nova era – Manifestantes pró-Lula agridem jornalistas, o presidente da Fenaj diz bem-feito, e Marco Aurélio Garcia sugere que os meios de comunicação peçam desculpas ao governo. Começou bem a anunciada fase de distensão no relacionamento Planalto-imprensa.

Esboço 1 – A equipe de transição de Eduardo Campos (PSB) será uma prévia do primeiro escalão de seu governo em Pernambuco. Um dos coordenadores, o economista Aristides Monteiro, é cotado para a pasta de Planejamento ou para a representação do estado em Brasília. Esboço 2 – Também integrantes da transição, o vereador de Recife Danilo Cabral (PSB) e o procurador Isael Braga devem estar no secretariado. O governador eleito pretende abrigar todos os aliados, inclusive o PT. Terceiro turno – Roberto Requião (PMDB) desferiu ontem duros ataques aos adversários e à imprensa, mantendo o clima bélico que marcou a campanha no Paraná. Em resposta, Osmar Dias (PDT), derrotado por pouco mais de 10 mil votos, anunciou a criação de um governo paralelo. Encaixe – Requião deve oferecer uma secretaria à petista Gleisi Hoffmann, que perdeu a eleição para o Senado. Ela é cotada para concorrer à prefeitura de Curitiba em 2008. Lua-de-mel – Em Santa Catarina, a parceria PT-PP deve perdurar até as eleições municipais. A base para as alianças são as 41 cidades do estado onde Lula e o candidato derrotado ao governo, Esperidião Amin, bateram os adversários no segundo turno. Índex – Embora Antônio Carlos Pannunzio (SP) lidere a bolsa de apostas para virar líder do PSDB na Câmara, ainda pode haver mudança. O certo é que o cargo não será dado a nenhum deputado do grupo alckimista, o que lança pelos ares, entre outras, a candidatura de Sílvio Torres (SP).

TIROTEIO

Do deputado eleito Carlos Zarattini (PT-SP) sobre o fato de o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, ter obtido no segundo turno menos votos do que no primeiro.

– Com mais 15 dias de campanha, o picolé de chuchu teria derretido de vez.

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