Bibliografia
Conheça a obra do escritor Wilson Bueno
Boleros Bar, de 1986
Manual de zoofilia, de 1991
Ojos de água, de 1992
Mar paraguayo, de 1992
Cristal, de 1995
Pequeno tratado de brinquedos, antologia de 1996
Medusario mostra de poesia latinoamericana, antologia de 1996
Jardim zoológico, de 1999
Meu Tio Roseno, a cavalo, de 2000
Once poetas brasileños, de 2004
Amar-te a ti nem sei se com carícias, de 2004
Cachorros do céu, de 2005
Diário vagau, de 2007
Pincel de Kyoto, de 2007
Canoa Canoa, de 2007
A copista de Kafka, de 2007
O escritor Wilson Pinto Bueno, de 61 anos, foi encontrado morto dentro de sua residência, no bairro Tingui, em Curitiba, por volta das 19h30 desta segunda-feira (31). Segundo o perito do Instituto de Criminalística, Edmar Cunico, Wilson teria sido ferido por uma arma branca no pescoço. Teria havido resistência após levar o golpe. O corpo do escritor estava em total estado de rigidez, o que indica que estava morto há pelo menos 12 horas.
Ainda segundo o perito, não havia sinais de arrombamento. O escritório estava todo revirado e havia ainda vários sacos de lixo vazios abertos espalhados pelo chão, o que leva a crer que objetos da casa seriam levados, mas por alguma razão, não foram retirados.
A diarista Jacinta Breck, que trabalhava há sete anos na casa do escritor, chegou ao sobrado onde Bueno morava por volta das 9h30. Ela notou que o portão estava sem o cadeado e que a porta estava aberta. Segundo Jacinta, um computador que sempre ficava no escritório, no segundo andar, estava na sala.
Por recomendação de Bueno, Jacinta só teria acesso ao segundo piso da casa depois que ele acordasse e lhe desse bom dia. Por conta dessa exigência, a diarista trabalhou normalmente no primeiro piso da casa. O escritor costumava levantar entre 15 e 16 horas, porque gostava de trabalhar de madrugada. Por volta das 17 horas, a diarista estranhou a ausência do patrão e decidiu ligar para um amigo dele, que foi até a casa e encontrou o corpo de Bueno no escritório.
De acordo com o primo do escritor Emídio Bueno Marques, Wilson Bueno estava caído na escrivaninha do escritório e havia muito sangue no local. Marques afirma que o local estava bastante bagunçado. "A paixão da vida dele era escrever, ser jornalista e ser escritor. Ele era um ícone da literatura do Paraná", diz. Segundo o primo, Bueno estava editando seu 13º livro.
Abigail Schambeck, vizinha de Bueno, o conhecia há pelo menos 30 anos. Ele era morador do bairro e estava naquele sobrado há dez anos. A vizinha afirma que não percebeu nenhuma movimentação estranha na casa do escritor durante o fim de semana. Ela conta que Bueno tinha muitos conhecidos e recebia muitas pessoas.
O corpo do escritor foi retirado do local por volta das 23h e encaminhado ao Instituto Médico Legal.
Escritor contemporâneo
Wilson Bueno nasceu em Jaguapitã, no Norte do Paraná, em 1949, e morava em Curitiba desde a década de 1970. Ele era considerado um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos. Foi apresentado aos leitores brasileiros em 1986, pelo poeta curitibano Paulo Leminski, com a publicação da coletânea de contos Boleros Bar. Com a novela Mar paraguayo, lançada em 1992, ganhou projeção nacional e internacional.
O escritor foi o criador e editor, durante oito anos, do suplemento de ideias Nicolau, considerado o Melhor Jornal Cultural do Brasil pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), em 1987. Ele também era cronista do jornal "O Estado do Paraná", da revista "Ideias" e colaborador do caderno cultural do jornal "O Estado de São Paulo".
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