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A última fronteira

Escritório de Curitiba fez o projeto executivo da nova base da Antártida

A nova estação do Brasil na Antártida terá 4,5 mil metros quadrados e 18 laboratórios no edifício principal, 500 metros quadrados em sete unidades isoladas, heliponto e torres de energia eólica. O projeto executivo, escolhido em 2013 num concurso promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, foi feito pelo escritório Estúdio 41, de Curitiba. A empresa chinesa Ceiec venceu a licitação e vai construí-la a um custo de US$ 99,6 milhões, ou R$ 330 milhões pelo câmbio atual. A previsão é de que esteja pronta em 2018.

A conclusão vai depender das condições climáticas. Por isso, o projeto prevê o uso do máximo possível de elementos pré-fabricados, explica o arquiteto João Gabriel Cordeiro, um dos responsáveis pelo projeto ao lado dos sócios Fábio Faria, Emerson Vidigal e Eron Costin. Essa flexibilidade deu força à proposta no concurso da qual o Estúdio 41 saiu vencedor. Em média, apenas quatro meses do ano podem ser aproveitados nas obras, já que no inverno o mar congela e impede a circulação dos navios.

Devido a essas restrições, o concurso exigia que o projeto fosse construído externamente e montado de forma rápida na Antártida. Por isso, o projeto previu módulos de contêiner, que pode ser facilmente transportado. O escritório também uniu a estética ao desempenho tecnológico. A forma aerodinâmica, explica João Gabriel, se deve à severa incidência dos ventos. Dessa forma, a escolha dos materiais para a execução do projeto também considerou o clima antártico.

Por causa disso, os materiais usados não são muito comuns no Brasil, sobretudo aqueles usados nas paredes, piso, cobertura e aberturas. Os fechamentos externos terão camadas de chapa metálica, painéis de PIR (Poliisocianurato) e OSB (Oriented Strand Board), estes últimos presentes também nos fechamentos internos. Os vidros serão do tipo clear (com transparência de 92%), com tripla camada. Toda a carenagem da estação receberá uma pintura especial para evitar corrosão.

A estação será organizada em blocos e autossustentável, para o reaproveitamento de água, por exemplo. A central de tratamento de água e esgoto está posicionada abaixo do bloco superior, onde há maior demanda por água tratada, em razão da concentração de sanitários e da cozinha. O fornecimento de energia terá um modelo de cogeração baseado em energias fotovoltaicas, eólica e proveniente da queima de etanol. Está previsto o desligamento programado em alguns ambientes quando não ocupados.

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