Espaços são usados como “mocós”

Os riscos à população vizinha a postos de gasolina desativados aumentam quando o local vira a "casa" de moradores de rua. Por isso, a recomendação da Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) é para que os responsáveis por estabelecimentos abandonados instalem tapumes e contratem vigias. A reportagem esteve em quatro postos abandonados na semana passada. Os quatro tinham tapumes, mas em um deles não havia ninguém. "Estamos aqui há duas semanas. Se não ficar ninguém, tentam entrar mesmo", disse o vigia de um posto na esquina da Brigadeiro Franco e Martim Afonso, nas Mercês, que pediu para não ter o nome revelado.

Há duas semanas, o prédio ao lado do posto vinha sendo ocupado por moradores de rua. "Eles dormiam ali, faziam necessidades e entravam no posto durante a madrugada", disse o comerciante Luís César Sabatovitch, 36 anos. "Agora está mais tranqüilo, porque colocaram vigias. Mas já deu dor de cabeça."

Em janeiro deste ano, moradores do bairro Prado Velho reclamaram à prefeitura de Curitiba sobre um posto abandonado, nas esquinas das ruas Piquiri e Comendador Roseira. O estabelecimento estava abandonado há dois anos e tinha se transformado em ponto de consumo de drogas, abrigo de moradores de rua e foco de proliferação de mosquitos. Na oportunidade, os tapumes foram colocados por moradores da região, que não agüentavam mais a bagunça e o mau cheiro. (JML)