Dez locais que mantêm viva a história

Dando uma volta rápida pelas ruas de Curitiba, é fácil perceber que a paisagem urbana da capital tem uma grande diversidade de estilos arquitetônicos. Esse patrimônio cultural faz parte da história da cidade e revela momentos e influências que construíram a Curitiba de hoje. A Gazeta do Povo preparou, com a ajuda da Secre­ta­ria de Estado da Cultura (Seec), um roteiro com dez pontos que re­­pre­sentam importantes mo­men­­tos históricos e arquitetônicos da cidade e que muita gente nem conhece.

A coordenadora do Patrimônio Cultural da Seec, Rosina Parchen, escolheu cada um desses pontos. "Elabo­ramos um roteiro que pode ser feito a pé pela cidade e que reúne dez bens tombados muito representativos para a história de Curitiba", explica. São construções de diferentes épocas e segmentos. Foram selecionados exemplares da arquitetura moderna, de belas artes, de prédios oficiais, de paisagens urbanas e de praças.

O passeio começa pelo Castelo do Batel, um dos mais importantes exemplos de belas artes da cidade. Logo depois, no conjunto urbano da Rua Comendador Araújo, é possível observar a arquitetura eclética das luxuosas residências construídas pelos proprietários rurais do século XIX.

A arquitetura art nouveau será vista em diversos momentos do roteiro: no Paço da Liberdade, no Belve­dere e no Reservatório do Alto São Francisco. Este último também reúne elementos clássicos e pré-modernos.

As características da arte mo­­derna serão vistas na Biblioteca Pú­­blica e, especialmente, na Casa Kirchgässner, o primeiro exemplar desse tipo de arquitetura em Cu­­ritiba. Ao final do roteiro, o visitante passa pela Igreja da Ordem Ter­ceira de São Francisco, que do­­mina a paisagem do setor histórico com referências ibéricas e germânicas.

Infelizmente, boa parte destes locais não é aberta à visitação, mas a beleza externa e a importância histórica são suficientes para valer um passeio. Ao longo deste ro­­teiro, encontram-se outros lo­­cais não listados aqui, já que Curi­tiba tem 58 bens tombados no âm­­bito estadual e federal, entre prédios, árvores, casas, paisagens, co­­le­­ções, parques e praças. Cada um deles merece uma olhadinha. Afinal, são testemunhas desses 318 anos.