Entre a frota de 1,37 milhão de veículos que circulam em Curitiba total que dá à cidade o título de capital mais motorizada do país, com 77 veículos por 100 habitantes , um número crescente de pessoas adota a bicicleta como meio de transporte. Essa migração é embalada por ativistas pró-ciclismo e por centenas de ciclistas anônimos que defendem o modal como alternativa para fugir de congestionamentos, melhorar a qualidade de vida e economizar.
Entre os defensores das bikes está o fotógrafo Danilo Herek, criador do site Cicloativismo. "Com a bicicleta, você ganha autonomia e tempo. Outra coisa boa é a economia feita sem gastos com manutenção de carro ou com passagem no transporte coletivo. Além de tudo, aumenta a percepção da cidade", afirma. Segundo Herek, entre 3% e 5% dos deslocamentos em Curitiba são feitos com bicicleta. O principal desafio para aumentar esse número estaria no comodismo e no individualismo das pessoas.
A bandeira das bikes também é erguida pela Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (CicloIguaçu), que trabalha com projetos de conscientização da população e procura identificar pontos que colocam os ciclistas em risco. "Tentamos mostrar que a bicicleta pode ser uma opção de transporte eficaz e seguro", argumenta Jorge Brand, o Goura, presidente da CicloIguaçu.
Mais passageiros
Para quem não consegue ou não pode deixar o carro em casa, dar carona a outras pessoas aparece como uma medida simples para reduzir o número de veículos nas ruas. No Centro Politécnico da UFPR, a carona solidária tem sido adotada pelos estudantes. O projeto idealizado por um grupo de alunos do Setor de Tecnologia tem hoje uma página no Facebook para combinar as caronas e conta com vagas exclusivas de estacionamento para essa finalidade.
Para Rafael Fusco, um dos autores do projeto na UFPR, as vantagens da ação vão além de solucionar o tráfego na região. Ele defende que a medida seja adotada pela universidade em seu plano de mobilidade.
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