Minha paixão pelo Parque Barigui segue a mesma. Ali treinei, fiz churrasco, samba, namorei. O parque é mágico pra mim
Se em Curitiba ele dispensa o sobrenome para apresentações, na Turquia o jogador Alex é reverenciado como autoridade. Um dos grandes ídolos do Coritiba, time que o revelou e onde encerrou sua carreira nos gramados, o meia passou por grandes clubes brasileiros, como o Palmeiras e o Cruzeiro, mas foi do outro lado do mundo que viveu seu momento áureo, com direito à estátua em tamanho real em frente ao estádio do Fenerbahçe, da Turquia, onde atuou por oito anos.
Identidade cultural
Alex afirma que, mesmo tendo morado por muitos anos longe da cidade, Curitiba é o seu lugar, onde está sua vida, sua identidade. Morou em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Istambul, na Turquia. Mas era na capital paranaense que passava as férias. “Nunca cogitei viver em outra cidade”, salienta o jogador, que agora vive com a esposa, Daiane, e os três filhos, no bairro Cascatinha.
Segundo ele, as oportunidades que o futebol lhe deu foram importantes para valorizar a sua cidade e o seu país. “Viver em outros locais é uma ótima maneira de valorizar o que temos. Ver de longe nossa cidade, nossa cultura e nossas raízes”.
No final de 2014, Alex se despediu dos gramados numa partida do Coritiba contra o Bahia, válida pela última rodada do Campeonato Brasileiro. Mas continua ativo no futebol, só que agora como comentarista esportivo da ESPN.
Depois de deixar o Fenerbahçe, Alex voltou a Curitiba. Sentia saudades da família, da cidade, dos amigos e de passear nos parques da cidade, em especial o Parque Barigui, onde costuma ir sempre que tem tempo. “Minha paixão pelo Parque Barigui segue a mesma. Ali treinei, fiz churrasco, samba, namorei. O parque é mágico pra mim”, destaca.
O espaço, inclusive, foi o local onde o correspondente do jornal turco “Hürriyet”, Süleyman Arat, fez plantão por dias a fio na tentativa de encontrar o craque, recém-saído do futebol turco, para uma “entrevista casual”. O relato faz parte das muitas histórias que integram “Alex, a Biografia”, escrita pelo jornalista Marcos Eduardo Neves.
Alex cresceu no Jardim Campo Alto, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, mas devido à falta de infraestrutura no município vizinho, em 1977, sua mãe, Leni Vieira dos Santos, foi dar à luz ao bebê de pouco mais de 3 quilos na Maternidade Santa Brígida, em Curitiba.
Filho mais velho de uma cozinheira e de um pintor de paredes, Alex cresceu ouvindo que levava jeito para o futebol e sabia que se a história de vida da família tivesse de mudar por causa do esporte, seria através dele.
Começou a treinar futebol de salão na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), no Tarumã, e estudava pela manhã no Colégio Estadual Cecília Meireles, no Bairro Alto. Para ir para escola, precisava sair de casa, ainda em Colombo, muito cedo. No trajeto, percebeu um campo de futebol onde os meninos jogavam bola pela manhã. Por um tempo resistiu, mas depois virou frequentador do local e sumiu da escola. “Até os 9 anos, eu ia para Curitiba esporadicamente. Quando passei a jogar no Coritiba, comecei a andar por todos os cantos da cidade para treinar e jogar”, afirma.
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