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Interação social

CICI 2014 começa com foco na inovação

 | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
(Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo)

A primeira noite da Confe­­­rência Internacional de Ci­­­dades Inovadoras 2014 debateu o conceito de formação das cidades e interação social. O evento, que começou ontem e vai até a próxima sexta-feira, contou com a presença do prefeito Gustavo Fruet. Segundo a organização, até ontem, 1.720 pessoas de 80 cidades diferentes haviam confirmado suas inscrições no site www.cici2014.com. Ao todo, serão mais de cem conferencistas – sendo 14 deles internacionais.

Augusto de Franco, primeiro conferencista do evento, introduziu o que deve vir a ser a tônica dos debates nos dois próximos dias. "Ninguém inova, apenas obedecendo. Isso não existe. A inovação é sempre um ato de desobediência", argumentou o consultor, que focou sua palestra na origem das cidades e das interações sociais.

"A maior inovação para mim ocorreu entre 509 a 322 a.C, quando os gregos atenienses inventaram a cidade-estado. As cidades são redes e hoje estão aumentando as interatividades graças às mídias sociais. Fenômenos que levavam um século agora levam poucas horas."

Encorajar essa inovação constante, inclusive, é uma das propostas do evento, de acordo com André Telles. "A gente acredita que mostrando esses exemplos poderemos promover ainda mais a transformação", afirmou.

De acordo com a organização do CICI 2014, mais de 300 pessoas compareceram ao evento de ontem, cuja abertura inicial foi antecipada por uma mesa-redonda comandada pelo português Álvaro de Oliveira. "As cidades precisam acolher seus cidadãos. Em Lisboa, há três anos, havia um bairro que nem a polícia entrava tamanha era a violência. Hoje, é um dos bairros mais valorizados. Houve uma iniciativa para mudança e até o prefeito montou seu escritório no local", comentou o especialista, cuja palestra ocorreu antes da chegada do prefeito Gustavo Fruet. "Eventos como esse são importantes para unir diversas esferas em torno do desenvolvimento urbano e da sustentabilidade. São práticas e iniciativas inovadoras, que podemos levar para a cidade", afirmou o prefeito.

Exemplo

70% das propostas do Festival de Ideias da Conferência são de jovens

Anna Simas

Resolver os problemas urbanos anda ocupando o tempo de uma galera bem jovem, que decidiu tirar as ideias do papel e mostrar que pode contribuir para uma cidade melhor. O resultado poderá ser visto na Conferência Internacional Cidades Inovadoras (CICI), que começou ontem em Curitiba.

Na categoria Festival de Ideias da Conferência, que recebeu 352 inscrições – de pessoas de todas as idades e de 40 cidades do país –, 16 dos 21 projetos selecionados são de estudantes curitibanos com idade média de 17 anos. Todos eles apontam soluções para questões que atingem diretamente o dia a dia das pessoas.

É o caso dos estudantes Bruno Shede Cunha e Luis Dallagassa, ambos com 17 anos. Eles foram escolhidos com projetos sobre mobilidade. O primeiro propôs adaptações nos terminais de ônibus e estações-tubo para que ciclistas consigam guardar e carregar suas bikes. Já o segundo imaginou uma integração de ciclovias entre as instituições de ensino superior de Curitiba, e delas com cidades da região metropolitana, para incluir estudantes que moram mais longe.

"O transporte público está sobrecarregado. Assim que me dei conta disso, passei a imaginar soluções. Sempre tive interesse em urbanismo", conta Bruno. Durante a CICI, ele e Luis estarão em um estande apresentando seus projetos.

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