O segundo mutirão para limpar pichações e restaurar fachadas de lojas e imóveis começou cedo na manhã deste domingo, em Curitiba. Por volta das 9 horas, representantes de entidades e voluntários se reuniram em quatro pontos da cidade para iniciar o trabalho de limpeza. A ação faz parte da campanha "Pichação é crime. Denuncie", uma iniciativa da Associação Comercial do Paraná, a ACP.
Estatísticas da Guarda Municipal mostram que os moradores da capital estão menos tolerantes com a prática da pichação. De acordo com o diretor da Guarda Municipal, Cláudio Frederico de Carvalho, o número de ocorrências nos primeiros dois meses deste ano já representa 29% do total de registros feitos em 2012, quando 1.149 denúncias foram feitas à Guarda. "Em janeiro recebemos 129 denúncias, contra uma média de 60 nos últimos anos", calcula Carvalho.
Além do aumento das denúncias, melhorou o nível de refinamento das informações repassadas pelo número 153. "Com um detalhamento maior, conseguimos fazer ações de combate mais eficazes e certeiras", reforça o diretor da Guarda.
Em ação
A ação deste domingo contemplou estabelecimentos comerciais e imóveis das ruas Isaac Ferreira da Cruz, no Sítio Cercado; Trajano Reis, próximo ao Largo da Ordem; e XV de Novembro, no Centro, além da passarela do Hauer. Os materiais, como tintas e pincéis, foram doados por comerciantes e empresários que atuam nas regiões beneficiadas pela ação.
A diretora auxiliar do Colégio Manoel Ribas, na Vila Torres, Simony Souza, trouxe um grupo de 15 alunos para ajudar na limpeza das lojas da Rua XV. Na comunidade, uma ação semelhante desenvolvida desde 2011 vem substituindo as pichações por grafite. "Escolhemos um caminho alternativo que está dando certo", argumenta.
Segundo o vice-presidente da Associação Comercial, Camilo Turmina, o principal objetivo dos mutirões é mobilizar e envolver empresários e comerciantes da cidade. "Na primeira ação, realizada em fevereiro, pedimos que eles doassem a tinta. Agora estamos sugerindo que eles participem da ação".
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