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Dicas

Qualquer cidadão pode colaborar para evitar a pichação. Confira cinco pontos essenciais que podem ajudar:

Iluminação

Segundo a Guarda Municipal, locais bem iluminados são menos visados por pichadores.

Acesso ao imóvel

De acordo com o inspetor chefe da Guarda, Cláudio Frederico de Carvalho, colocar grades, cerca elétrica e câmeras de vídeo pode inibir a ação dos pichadores.

Plantas

Cerca viva pode ser uma opção para cobrir muros e evitar a pichação. Além disso, a cidade fica ainda mais verde. Podem ser usados bambus, entre outros ornamentos.

Despiche

Alguns produtos, como o verniz, podem facilitar a pintura e limpeza das pichações.

Locais adequados para grafite

Segundo Carvalho, a diferença entre a pichação e o grafite é a autorização legal para o uso do espaço. Por isso, ele defende que se tenha mais áreas específicas para o grafite. Entre 4 e 7 de abril, Curitiba receberá o Encontro Internacional de Graffiti 2013 para debater a questão.

Campanha

Comerciantes se unem para "despichar" a capital

O proprietário da gráfica Rosa de Basse, José Roberto Kupka, tem a empresa há mais de 20 anos no bairro Santa Felicidade. Neste tempo todo, o muro da gráfica já foi pichado cerca de 50 vezes. "A gente pinta e, no dia seguinte, já está pichado de novo. Cada vez que é pichado gasto cerca de R$ 300", comenta.

Ele é um dos milhares de comerciantes que sofrem com o problema. O vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, acredita que ainda falta fiscalização. Por isso, a prefeitura, em parceria com a ACP, lançou neste ano a campanha "Pichação é Crime: Denuncie", que prevê várias estratégias voltadas à qualificação e educação e não apenas à repressão. O objetivo é diminuir em 50% a ações dos pichadores na cidade em seis meses. (DR)

Produto para despichar

Um novo produto que promete ajudar as vítimas das pichações deve ganhar popularidade nos próximos meses em Curitiba. A reportagem da Gazeta do Povo testou o uso do spray Graffiti Cleaner, recém-importado da França. Segundo um dos representantes do produto, Fabiano Polak, o produto quebra a molécula da tinta da pichação, facilitando a remoção. "O produto é ecológico, é um solvente orgânico especial para remover esse tipo de tinta", conta. Segundo ele, o produto não é tóxico e age rapidamente.

O Colégio Estadual Professora Maria Aguiar Teixeira, no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba, é um exemplo de que sem envolvimento social não há solução para a pichação. Foi com diálogo aberto e a partir do entendimento de que o problema também precisaria ser tratado como uma questão cultural dentro da própria escola que o diretor da instituição, Alexandre Torrilhas, conseguiu manter o colégio limpo – pelo menos por um tempo.

>> Vídeo: Veja o novo spray que consegue remover a tinta da pichação sem danificar a pintura original

"A pichação é cultural. Há vários grupos concorrentes (dentro do colégio e na região) e eles querem deixar a marca deles. Mas o que eles gostam mesmo é de grafite", lembra. Com essa percepção, Torrilhas buscou transformar a manifestação marginal em um legítimo ato de expressão.

Em 2005, a escola recebeu o projeto Arte da Paz, do Instituto de Defesa dos Direitos Humanos (Iddeha), que continha várias oficinas de formação para adolescentes, discotecagem, rap, grafite e break. No ano seguinte, o Iddeha levou outro projeto ao colégio, o grafite nos bairros.

Nessas oficinas, iniciou-se um processo de mudança de pensamento entre os alunos. "Eles aprenderam que se picharem, quem vai limpar é a funcionária que eles gostam e respeitam", lembra. De acordo com o diretor, muitos que picham e são flagrados acabam sendo punidos de forma educativa. "Os alunos sabem quando passam do ponto e, por isso, acabam limpando quando picham os corredores da escola", explica.

As oficinas foram interrom­­pidas, mas o colégio, segundo o diretor, continuou dis­­cutindo a questão. Em 2009, os professores realizaram um programa interno de grafite, em virtude do aniversário de 50 anos do colégio. Além disso, a escola trabalhou para melhorar a segurança – com câmeras, grades e cerca viva.

Retomada

Com três anos de "carência" sem novos projetos como os do Iddeha, o colégio registrou pichações recentes na fachada e no pátio interno da escola. Por isso, Torrilhas está tentando retomar as oficinas de grafite. Ele diz que está aguardando as eleições do grêmio estudantil do colégio para envolver os estudantes oficialmente no projeto. Na sequência, alguns espaços dentro do imóvel da escola serão selecionados para serem grafitados.

Denuncie 153

É o número da Guarda Municipal para denúncias sobre pichações. O denunciante não precisa se identificar. Quanto mais detalhes forem passados sobre os pichadores, mais fácil de eles serem identificados e detidos pela Guarda.

VIDA E CIDADANIA | 0:59

Um novo produto que promete ajudar as vítimas das pichações deve ganhar popularidade nos próximos meses em Curitiba. A reportagem da Gazeta do Povo testou o uso do spray Graffiti Cleaner, recém-importado da França

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