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Cracóvia, na Polônia, será sede da próxima JMJ, em 2016
Agência Estado
O papa Francisco anunciou ontem que a cidade de Cracóvia, na Polônia, será a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em 2016. A escolha é uma homenagem ao papa polonês João Paulo II, criador da Jornada. A realização do encontro católico em Cracóvia também reforça o processo de canonização de João Paulo II, que foi bispo na cidade.
O casal Slawek, de 37 anos, e Kasia Jodynsky, 32, comemorou o anúncio do papa de que a próxima edição acontecerá em seu país natal. Os dois são frequentadores assíduos do evento e estiveram nas quatro últimas edições. "Nós inclusive nos conhecemos durante a jornada em Sidney, em 2008, e nos casamos logo depois", contou Kasia.
Desta vez, eles vieram em um grupo com cerca de 150 poloneses de Gdanks, cidade no norte do país. "Todos ficamos muito felizes ao escutar o anúncio do papa. Vai ser mais uma jornada que não perderemos", disse Slawek.
As estudantes polonesas Kararyna Lalicla e Justyna Ambrozy, ambas de 19 anos, também comemoraram o anúncio. Elas saíram de Cracóvia, onde vivem, e vieram sozinhas para o Rio participar da JMJ. Elas dormiram na paróquia do bairro Paciência e se inscreveram como voluntárias para ajudar na organização do evento.
Palco da maior festa de réveillon do país, a Praia de Copacabana está "acostumada" a ter ruas, areia e calçadão tomados por milhões de pessoas. Mas neste fim de semana foi diferente. No lugar do barulho dos fogos, oração e cantoria. Durante a vigília, de sábado para domingo, teve de tudo na madrugada de Copacabana: banho de mar à meia-noite (apesar do frio), casais namorando embaixo das cobertas, rodas animadas de violão, alemães com medo de roubo e o cheiro insuportável dos banheiros químicos.
Mas o que parece ter ficado para os peregrinos foi a demonstração de fé. Logo no começo da noite, muitos já começaram a preparar seus dormitórios improvisados: sobre lonas, colocaram colchonetes, colchões infláveis, sacos e dormir e apesar da recomendação da prefeitura para que não as levassem muitas barracas.
Comparação
"Nos dispusemos a viver isso tudo", disse a cearense Ana Paula Batista, de 38 anos. Um dos integrantes do grupo esteve na JMJ de Madri, há dois anos. "Foi bem diferente, principalmente o transporte: lá foi muito mais tranquilo. Já para pegar os kits foi a mesma confusão", afirmou o carioca Pedro Costa, de 20 anos, missionário, referindo-se às filas de até 3 km que se formaram mais cedo para a retirada do kit vigília, no Aterro do Flamengo.
Mesmo no frio (menos de 15 graus), o comerciante Carlos Augusto Paixão, de 50 anos, se "refrescava" no mar de Copacabana só as mãos e os pés. "Sou acostumado com o mar", disse o carioca que mora em Anchieta, na zona norte do Rio. "Dá vontade de entrar com roupa e tudo!" Mas vai entrar? "Acho que não", sorriu. Outros, no entanto, se aventuraram no mar gelado uns com roupa, outros com trajes de banho.
A Avenida Atlântica e as ruas que dão acesso à praia também ficaram tomadas por peregrinos, até mesmo os postos de combustíveis da orla. Fiéis dormiam logo abaixo das bombas de gasolina e álcool, e pareciam não se importar.
Missa de envio
Ao encerrar a missa de envio, no início da tarde de ontem a missa de envio, o papa Francisco aproveitou para reforçar a conclamação aos jovens para irem às ruas, "sem medo", para fortalecer a Igreja e disseminar a fé. O pontífice recebeu um longo aplauso do público. "Dirijamos agora o nosso olhar à Mãe do Céu, a Virgem Maria. Nestes dias, Jesus lhes repetiu com insistência o convite para serem seus discípulos missionários; vocês escutaram a voz do Bom Pastor que lhes chamou pelo nome", acrescentou, na despedida.
Organização recebe elogios do Vaticano
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, elogiou a organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pelo sucesso da transferência da infraestrutura da vigília e da missa do domingo de Guaratiba para Copacabana. "Penso que tudo funcionou verdadeiramente muito bem", disse em coletiva para encerramento do evento, citando, como exemplo, as tendas para distribuição de 800 mil hóstias.
Lombardi também disse que o papa ficou muito satisfeito com o anúncio do prefeito do Rio, Eduardo Paes, de transformar o que seria o campo da Fé, em Guaratiba, em um bairro popular. "É bom projeto, que o papa apreciou muito", disse. Pela manhã, durante discurso na miss de encerramento da JMJ, o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, disse que a jornada chamou a atenção para as dificuldades da periferia da zona oeste e afirmou que foi dele a sugestão ao prefeito para que a área seja transformada em um bairro popular chamado Campo da Fé.
Lombardi concordou com o número do público presente na missa final do evento, estimado em 3 milhões pela prefeitura. Ele lembrou que a maior JMJ foi em Manila (Filipinas), que reuniu 5 milhões de pessoas.
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