Milhares de pessoas dormiram na areia e nas ruas da região da praia de Copacabana para participar da missa da manhã deste domingo (28) com o Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude 2013, no Rio de Janeiro. A vigília foi bastante dura: vento, frio, incomodidades para se alojar e dificuldades para atender necessidades básicas, principalmente para ir ao banheiro.
Durante a madrugada, a prefeitura lavou os banheiros químicos com caminhões-pipa. "O cheiro era insuportável e dava para sentir do meu apartamento", disse a estudante de Medicina, Laila Rozemberg , de 27 anos, que ocupa o décimo andar de um edifício na Avenida Atlântica. "Fiquei com pena dos peregrinos", continuou.
Mas não faltou a solidariedade dos cariocas. Muitas famílias abriram as portas para atender os peregrinos, como a judia Gina Dachis, professora aposentada de 74 anos. "Deixei quem passou por aqui entrar na missa casa", disse. Segundo ela, impressionava a limpeza e a educação dos fiéis. "Eles deixaram a rua aqui perto organizada, com o lixo em sacos plásticos. No réveillon é bem diferente, tudo fica pelo chão, esse evento é bem diferente", afirmou.
Mesmo em condições precárias, a animação dos fiéis não diminuiu. A grande maioria dos jovens acompanhou todos os ritos da missa ficou de joelhos, em pé, deu a paz, cantou, etc. e ensaiou a dança oficial do flash mob da JMJ.
Há forte segurança em toda a região, com o efetivo tanto da Força Nacional quanto da Polícia Militar, principalmente pela presença da presidente Dilma Rousseff e outros chefes de estado, como Cristina Kirchner, da Argentina, e Evo Morales, da Bolívia.