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O grupo Anonymous Rio está convocando manifestantes pelo Facebook para dois atos que serão realizados durante a semana da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e a visita do papa Francisco ao Rio. O primeiro é na segunda-feira (22), no Palácio Guanabara sede do governo do Estado, onde o pontífice vai ser saudado pela presidente Dilma Rousseff, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes. A concentração será às 18 horas no Largo do Machado. Batizado de "Grande Ato Papa, veja como somos tratados", o segundo é na sexta-feira (26), na praia de Copacabana, onde são esperados 2 milhões de fiéis. A concentração será às 17 horas na estação do metrô Cardeal Arcoverde.

Enquanto no primeiro caso os manifestantes devem chegar ao Palácio Guanabara depois da agenda do papa (a cerimônia de boas-vindas no jardim, seguida de visita de cortesia à presidente dentro do palácio estão marcadas para as 17 horas e 17h40), no segundo a convocação é bem no horário do início da Via-Crúcis que será encenada na Praia de Copacabana. Comparada em dimensões à festa do réveillon de Copacabana, a encenação é uma das principais atividades da JMJ.

"Não se trata de um protesto contra o papa nem a Igreja Católica", esclarece o Anonymous. "A ideia é aproveitar a presença do papa, de seus turistas e da mídia global durante a celebração em Copacabana. Será mais um grito contra a corrupção e por serviços públicos mais dignos. Mas esse evento não é restrito a temas, cada um pode ter seu próprio pedido (...) seja lá qual for a sua ideologia de pensamento", diz a convocação.

O grupo é contra os gastos públicos com a realização do evento, contra o governador e o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, e o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Melo, e contra os excessos cometidos pela PM contra manifestantes nos últimos protestos no Rio. Eles também defendem o estado laico.

Quinta-feira passada (18), a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça divulgou que não serão feitas barreiras em Copacabana para impedir a passagem de manifestantes. Mas não serão permitidos protestos que atrapalhem o andamento das atividades religiosas, tampouco o uso de violência. Agentes da Polícia Federal estarão infiltrados no meio da multidão para identificar casos suspeitos.

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