Uma breve navegação pelas baías de Paranaguá e Guaratuba pode revelar novos roteiros, além das conhecidas ilhas do Mel e de Superagui. Ao todo, 70 destinos estão disponíveis para o visitante que deseja conhecer, por completo, o Litoral paranaense, de acordo com o Sistema Integrado de Administração Patrimonial, que reúne cadastros dos imóveis administrados pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU).
Há diferentes opções: almoçar de frente para o Porto de Paranaguá, na comunidade pesqueira de Amparo, passear nas áreas de criação de mariscos na Ilha do Teixeira ou conhecer as mais de 10 ilhas de Guaratuba. O visitante ainda pode mergulhar próximo às ilhas dos Currais e de Itacolomi ou apreciar o pôr do sol na Ilha das Peças.
A maioria delas é constituída por formações rochosas, onde não é possível desembarcar mas que, contempladas a distância, oferecem belas paisagens e a observação da vida marinha, como o movimento de botos e golfinhos. As mais procuradas são as ilhas Rasa e do Pinheiro e Pinheirinho, onde é possível ver, do mar, a revoada dos papagaios chauá. Outras são habitadas por comunidades de pescadores. Além das ilhas, as comunidades de Amparo, Piaçaguera e Eufrasina, na baía de Paranaguá, também são roteiros para os visitantes. Mesmo localizadas no continente, o acesso é feito apenas pelo mar.
Nas ilhas, a programação consiste em apreciar o mar e as paisagens, sem pressa nem horários marcados. "A intenção aqui é não fazer muita coisa. No máximo, uma pescaria no trapiche vendo a paisagem linda que temos do mar e do Porto de Paranaguá", afirma o presidente da Associação de Moradores do Amparo, Ismail do Rosário.
O dia a dia pouco movimentado foi a principal diferença que Rosângela Lopes Carvalheiro, 33, percebeu em sua rotina desde que, há seis meses, deixou o município de Piraquara, na região Metropolitana de Curitiba, para morar na comunidade. "Aqui o sossego é o que tem de melhor", conta.
Infraestrutura
Pouco desbravadas, as ilhas e as comunidades de pescadores possuem estruturas simples para receber os visitantes. A Ilha das Peças e a comunidade de Amparo, por exemplo, contam com duas pousadas cada, enquanto a Ilha da Cotinga serve como destino para um breve passeio, pois não possui restaurantes nem serviços de hospedagem.
Os turistas devem tomar alguns cuidados para não prejudicar as áreas visitadas. Em passeios de barco, é recomendado não emitir sinais sonoros para forçar as aves a levantarem voo nas ilhas que servem como berçários. Também não é permitido retirar do lugar ovos dos pássaros e muito menos levá-los para casa. O visitante deve levar consigo água e medicamentos para casos de emergência, além de voltar para o continente todo o lixo produzido.
As mais de 10 ilhas de Guaratuba rendem apenas trajetos de barco, pois o acesso às comunidades pesqueiras que vivem em algumas delas não conta com trapiches para o desembarque. O município, no entanto, pretende melhorar a estrutura para o roteiro marítimo. Uma proposta foi enviada ao Ministério do Planejamento para viabilizar a construção de uma base náutica onde funcionava o antigo mercado municipal. A estrutura ainda não tem previsão para ficar pronta, mas deve concentrar os roteiros para pesca esportiva e passeios de barco pela região.
Colaborou Angel Salgado.
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