Passagens improvisadas ameaçam conservação do caminho| Foto: Valterci Santos / Gazeta do Povo

Dicas de segurança para os visitantes do Itupava

Antes de começar o trajeto, realize o cadastro no início do Caminho. O cadastro é disponível para quem inicia a rota na Borda do Campo, em Quatro Barras, ou em Morretes. Além de servir como registro estatístico, o cadastro é uma ferramenta de segurança e controle dos visitantes.

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Conheça o Caminho do Itupava
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Primeira rota que ligou o litoral ao planalto paranaense no século 17, o Cami­nho do Itupava passa por uma revitalização completa. As obras, que devem ser concluídas em aproximadamente 40 dias, atendem a uma antiga necessidade de manutenção, que foi agravada pelas chuvas do mês de março.

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Lothário Horst Stoltz Júnior explica o porquê da interdição do Caminho do Itupava

Num ano, cerca de 20 mil pessoas percorrem o caminho. Por ora, ele está interditado porque não oferece segurança aos visitantes. No percurso de 22 km, estão mais de 220 árvores caídas, folhas acumuladas na passagem, o que deixa as pedras úmidas e mais escorregadias. Além do risco constante de quedas, a condição aumenta o tempo de caminhada no trajeto para mais do que as seis horas normalmente estimadas.

Outra razão da interdição do Itupava é o risco de depredação do patrimônio natural. Os obstáculos pelo caminho forçam os visitantes a procurarem rotas alternativas, que descaracterizam o trajeto original e a mata nativa. ?O solo fica exposto e a força da água das chuvas cria focos de erosão e assoreamento. Isso prejudica também os córregos, a qualidade dos rios?, alerta o gerente do Parque Estadual do Marumbi Lothário Horst Stoltz Júnior, coordenador das unidades de conservação do litoral pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Pelo menos cinco rios representativos estão próximos à rota.

De acordo com o Stoltz, a última manutenção no Itupava foi realizada há um ano. Durante este período, os funcionários do parque ficaram encarregados de realizar obras pontuais, que não atendem a todo o trajeto nem situações mais críticas.

A demora na contratação de uma empresa que assumisse o trabalho de recuperação também atrasou a reabertura do Itupava. A vencedora foi escolhida por licitação pública. Por R$ 45 mil reais, a em­­presa deverá retirar a matéria orgânica do caminho (folhas, galhos e árvores), fechar as passagens alternativas que foram criadas para desvios nas áreas afetadas por árvores que caíram, retirar lixo, recuperar pontes e limpar as calhas de drenagem que diminuem a velocidade da água. As obras começaram na se­­gunda quinzena de agosto. ?Assim garantimos segurança e melhor atendimento aos nossos visitantes?, afirma o diretor de biodiversidade e áreas protegidas do IAP, Guilherme de Camargo Vasconcellos.

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