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Passados seis meses, pouco mudou. Entre as mudanças previstas, o parque deve ter espaço para apresentações artísticas | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Passados seis meses, pouco mudou. Entre as mudanças previstas, o parque deve ter espaço para apresentações artísticas| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Mobilidade

Entidade pede retirada das grades e nova configuração da ciclovia

A Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (CicloIguaçu) apresentou ao Ippuc uma proposta para a reformulação do Passeio Público que prevê a retirada das grades que isolam o parque. "É uma forma de trazer uma nova percepção do espaço", defende o coordenador-geral da CicloIguaçu, Jorge Brand.

A entidade propõe ainda uma nova configuração da ciclovia que margeia o Passeio. A ideia é segregar o fluxo de pedestres para a área interna do parque, deixando a área externa livre para o fluxo de bicicletas. "É preciso reconhecer que há um problema de mobilidade no local. Ciclistas e pedestres estão em conflito", aponta. O argumento é que direcionar os pedestres para a área interna ajudaria a criar um fluxo de movimento dentro do parque.

O conceito de retirada das grades agrada ao presidente do Ippuc, mas ele admite que há poucas chances de a ideia prosperar. "É preciso pensar na segurança do parque, na salvaguarda das vidas e na proteção dos animais", afirma Sérgio Pires. Já a proposta da ciclovia deve ser estudada.

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A prostituta, o traficante e o morador de rua ainda estão ali. Basta dar uma volta pelo Passeio Público, no Centro de Curitiba, para perceber que, mesmo após o movimento que propôs iniciativas para revitalizar o parque mais antigo da cidade, o espaço continua sendo ocupado pelos mesmos frequentadores. Passados seis meses e algumas reuniões, audiências públicas e eventos esporádicos, pouco aconteceu para mudar o cenário.

A prefeitura de Curitiba diz que o projeto de revitalização do local está em fase final de ajustes e promete novidades para "muito em breve". O plano vem sendo gestado em conjunto pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), Se­­cretaria Municipal do Abas­­tecimento (Semab) e Fundação Cultural de Curitiba (FCC).

Segundo o presidente o Ippuc, Sérgio Pires, o pilar do projeto é a reconfiguração do espaço para explorar os potenciais de gastronomia, cultura e lazer. "É preciso resolver problemas que acabaram transformando o Passeio Público em uma área decadente, que nos últimos anos acabou se tornando terra de ninguém. O plano é fazer com que o Passeio se torne um ‘mini-Central Park’ curitibano", diz.

O projeto, afirma Pires, prevê a implantação de um espaço para apresentações artísticas, reforço na segurança, reconfiguração do restaurante local e aproveitamento do ambiente como berçário de aves, dentro do sistema de parques e zoológicos da capital. "Estamos na fase final, dialogando e ouvindo as outras secretarias envolvidas no projeto para poder apresentá-lo à população", explica.

Criador da campanha "O Passeio Público é Nosso!" nas redes sociais, o ator e diretor de teatro Enéas Lour diz que a expectativa criada em torno das mudanças no Passeio vem sendo frustrada pela demora do poder público em apresentar e concretizar soluções. "Tivemos reuniões, apresentamos propostas e soluções. Estamos tentando esse diálogo, mas é complicado. Eles elogiam o projeto, mas as ações não acontecem", aponta. Lour reconhece que os problemas que afetam o parque não são exclusividade do Passeio. "É uma questão de política para todo o centro da cidade."

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