![Orgulho e amor à terra Bianca, de 6 anos, no colo da avó Verônica; Beatriz, de 11 anos, com os pais Eliane e Marcos; Bruno, 13 anos, e a bisavó Maria. Na família, os valores e tradições são passados há gerações | Pedro Serápio/Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2009/03/ac1b49c26194d8c4c939107f04cbe35d-gpLarge.jpg)
É com valorização que o morador de Curitiba e dos municípios vizinhos enxergam a capital. De acordo com a pesquisa, 83% dos entrevistados sentem-se orgulhosos da cidade e 80% responderam que valorizam o que é da sua "terra".
A socióloga Isabel Cristina Couto, explica que a elevada estima dos curitibanos pela cidade tem raízes na década de 1990, quando Curitiba ficou vinculada à idéia de local ideal para se viver. "A propaganda da administração pública, na época, espalhou pelo Brasil uma imagem de cidade ecológica e planejada que detinha todas as características de uma grande metrópole, mas com a vantagem de ter população restrita. Mesmo um pouco enfraquecido, esse discurso ainda existe", defende.
O sentimento positivo em relação à cidade também se deve, na visão de Naim Akel, psicólogo e professor PUCPR, à gradual independência técnica e cultural da cidade em relação às grandes metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro. "Os curitibanos já se sentem autossuficientes. Hoje é possível comprar roupas de marcas europeias e norte-americanas e assistir a shows internacionais sem sair daqui."
Tradição e família
Os dados da pesquisa mostram também que 71% afirmam que o curitibano é tracidional e conservador e 75% acreditam que para o curitibano a família é o centro das atenções. É o caso do casal Marcos Francisco Bodanese, 44 anos, e Eliane Schuta Bodanese, 42 anos, que educam os filhos Bruno, 13 anos, Beatriz, 11 anos e Bianca, 6 anos com valores e tradições presentes na família há gerações. Católicos, eles costumam ir à igreja duas vezes por semana e colocaram as crianças em uma escola tradicional. Para manter os laços de família mais estreitos, o casal optou por morar no mesmo bairro da mãe de Eliane, no Capão Raso. Todo domingo, o almoço em família conta com a presença da bisavó Maria Wosniak, 94 anos. "É muito importante manter os valores da família, da fé e da verdade entre os meus filhos. O legado que eu e a mãe deles queremos deixar para o mundo é fazer de nossos filhos pessoas melhores do que nós somos", diz Bodanese.
Amizades
Ao contrário do que muitos pensam, a avaliação do curitibano é de um povo que sabe acolher os visitantes 63% dos entrevistados disseram que o curitibano recebe bem as pessoas que vêm de fora, 59% acreditam que o curitibano quando faz amizade é sincero e leal e 54% concordam que não é mais difícil fazer amizades aqui do que em qualquer outra cidade brasileira. Foi o que sentiu a mineira Carolina Corção, 22 anos, quando chegou à Curitiba há cinco anos e conheceu umas das suas melhores amigas, Ana Cláudia França, 22 anos. "A Ana era da minha sala na faculdade e nós voltávamos para casa de ônibus juntas. Já na primeira semana ela foi muito simpática e receptiva", conta Carolina. Hoje formadas, as amigas costumam se ver toda a semana e trocam e-mails contando as novidades.
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