Sem unanimidade, a família Centenaro curte futebol e os times da capital| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo
Fernanda Sachet frequenta a praia de Guaratuba desde criança

O hábito de ir à praia também faz parte da vida dos moradores da Grande Curitiba e 75% deles revelaram que preferem o litoral paranaense a qualquer outro, inclusive a Santa Catarina, que aparece com 22% das escolhas.

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A cidade de Guaratuba é uma das preferidas da família Sachet. "Desde que me conheço por gente vou para lá", conta a arquiteta Fernanda Diedam Sachet, 26 anos. "Meus pais sempre fizeram questão de ter uma casa na praia. Eu e minha irmã, que hoje é casada, nos criamos sabendo que após o Natal estaríamos brincando na areia", lembra Fernanda. "Meus pais vão com bastante frequência e quando faz um calorzinho durante o ano, eu também vou", completa a arquiteta.

Além de gostar de praia, o morador da Grande Curitiba também é apaixonado por futebol. Mais da metade da população (65%) torce para algum time. Dos que torcem, a pesquisa aponta que 25% são atleticanos, 17% coxas e 8% paranistas. Porém, 77% da população não costuma frequentar os campos de futebol.

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Defendendo a minoria, mas nem por isso menos apaixonado, o advogado João Raphael Nester, 29 anos, é torcedor do Paraná Clube desde a fundação do clube, em 1989. Ele conta que, quando adolescente, fez parte da torcida organizada. "Me identifico com o tricolor desde pequeno, quando era torcedor do Colorado [um dos clubes da fusão]", conta o advogado. Danilo Kaltmaier, 27 anos, gerente de logística, é fanático pelo Atlético Paranaense. "Sempre gostei muito das cores rubro-negras e comecei a acompanhar o Furacão com 10 anos. Gosto de ir ao estádio. Faz mais de um ano que não perco um jogo na baixada."

O engenheiro eletricista André Rodrigo Centenaro, 31 anos, conta que, na família, só ele torce para o Coxa. "Minha mãe diz que torce para me agradar, meu pai é paranista e minha irmã, atleticana. Vou ao Couto Pereira, sou sócio do clube e, quando viajo, procuro um jeito de saber os resultados do glorioso."

Mesmo com tanta paixão, há também quem não torça para ninguém: 35% apontados pela pesquisa. O professor engenheiro Angelo Augusto V. S. Mazzarotto, 32 anos, diz que não é contra o futebol como esporte, mas contra o culto a ele, no Brasil. "O futebol ocupa espaço demais no país, funcionando como válvula de escape para o fanatismo. Concentram-se milhões nas mãos de pouquíssimos atletas, enquanto as crianças estudam em escolas precárias, sonhando tornarem-se jogadores de futebol, algo que vai se realizar para dois ou três entre milhares. Por isso não torço para ninguém."