Receber por dois empregos e só trabalhar em um ou usar cargo do governo para beneficiar a si mesmo. O resultado da pesquisa da Gazeta mostra que ao avaliar comportamentos como esses, o cidadão da Grande Curitiba acima dos 40 anos classifica como corruptos e antiéticos com muito mais rigor do que os mais jovens.
A psicóloga mestre em educação e professora da Faculdade Evangélica do Paraná, Anadir Thomé Oliare, explica que este posicionamento é típico da juventude. "Por estar ou ter passado por uma fase de transição recentemente, o jovem é menos rigoroso e avalia com mais flexibilidade", diz.
Anadir explica que os jovens muitas vezes não respeitam regras porque não concordam com o que lhe é imposto. Outro fator importante é que no seu desenvolvimento, o indivíduo sofre influência da sociedade. "Vivemos permeados de valores permissivos que são copiados pelos jovens. Eles pensam: se todo mundo faz por que eu não posso fazer também?", diz Anadir. Para o filósofo e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Cesár Candiotto, uma das características da sociedade burguesa é o individualismo. "Hoje é mais difícil encontrar jovens que pensam no coletivo."
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