Janete teme pela redução no fluxo de turistas com o assoreamento do Rio Tagaçaba| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Os moradores da APA de Guaraqueçaba reclamam da constante sensação de isolamento e abandono em virtude das péssimas condições da PR-405, única ligação por terra até o município. Os 90 quilômetros de estrada são considerados um entrave ao desenvolvimento das comunidades locais, que dependem do trecho para vender os produtos nas cidades vizinhas.

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O engenheiro agrônomo da Emater de Guaraqueçaba Carlos Alberto Campos, que utiliza a PR-405 diariamente para fazer visitas técnicas aos moradores, diz que a situação é insustentável, tanto para a economia local quanto para o turismo. Campos explica que, com o passar do tempo e as chuvas frequentes, os pedriscos utilizados para tapar os buracos e melhorar momentaneamente a estrada foram parar no leito do Rio Tagaçaba. "Esse processo vem dificultando a navegação", afirma.

Dona da pousada Araribá, Janete Miranda Rodrigues lembra que quando abriu o negócio, há 13 anos, atendia principalmente à demanda de quem procurava a região para pescar. O assoreamento pode inviabilizar o potencial do rio para a pescaria, diz. "Corremos o risco de perder os turistas que vêm em busca dessa atividade", diz. A pavimentação da estrada, ao contrário do que muitos acreditam, não vai contribuir para a degradação do meio ambiente, mas acabar com o isolamento e promover o desenvolvimento sustentável da região, argumenta Ivair Barbosa Colombes, secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca de Guaraqueçaba.

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