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Lovaine Loures Souza com os filhos: riqueza de Araucária passa longe do bairro onde ela mora | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Lovaine Loures Souza com os filhos: riqueza de Araucária passa longe do bairro onde ela mora| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Há 14 anos, Lovaine Loures Souza chegou a Araucária com seis fi­­lhos em busca de uma nova vida. Vinda de Marmeleiro, na Região Su­­doeste do estado, deixou para trás os problemas com o ex-marido e se instalou perto de alguns familiares. Hoje, com um novo companheiro e parte dos filhos criados, vi­­ve do seguro desemprego e dos ganhos do atual marido, que trabalha como pedreiro. Apesar de não re­­clamar da vida, seu padrão está abaixo daquilo que se espera para alguém que reside em uma das cidades mais ricas do Paraná.

A casa simples, que está sendo desmanchada para a construção de uma nova, é uma exceção no bairro Shangai. Ao lado de um córrego de esgoto, o local não tem pavimentação e contrasta com um cenário formado por casas de alvenaria e ruas asfaltadas. "Quando cheguei aqui era pior, nem a rua existia", relata Lovaine, que hoje vive com quatro filhos, um deles ainda de colo. Juntos, ela e o marido têm vivido com uma média de R$ 1 mil mensais, inferior ao rendimento médio per capita de Araucária, de R$ 763,98. "Mas a gente consegue se manter bem e pagar as contas", garante.

Apesar das restrições

A alguns quilômetros dali, em Pi­­raquara, o empresário Hilde­bran­­do Tuca Reinert também desafia as estatísticas do município. Há 11 anos ele comanda uma empresa que fornece guardanapos e embalagens de papel para todo o Brasil, inclusive grandes redes de fast food. É uma das poucas indústrias a conseguir se instalar em uma cidade onde 93% do território tem restrição ambiental. "Como empresário, percebo as dificuldades no município para gerar arrecadação e criar empregos", relata.

Hoje, sua empresa gera 450 em­­pregos diretos e tem como um dos objetivos para os próximos anos começar a exportar a produção pa­­ra países do Mercosul. "Temos crescido numa média de 20% ao ano. Em cinco anos, devemos dobrar nossas atividades", projeta.

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