Curitiba O geólogo Renato Lima, 49 anos, diretor do Centro de Apoio Científico em Desastres da Universidade Federal do Paraná (UFPR) é consultor da Organização das Nações Unidas (ONU) para grandes desastres desde 2000. Ele já trabalhou, por exemplo, em deslizamentos associados a um furacão na Guatemala, Ilha de Granada e em El Salvador, todos de grande dimensão e com muitas vítimas.
A equipe da ONU, lembra Lima, é formada por aproximadamente 120 voluntários de vários países. Em casos de desastres, o grupo segue para o local e fica de duas a três semanas avaliando as condições para a realização do resgate, orientando as equipes e apontado alternativas.
O professor Renato Lima falou sobre as dificuldades do trabalho de resgate nos casos de deslizamentos, frisando que cada desastre tem suas características, que devem ser levadas em consideração.
Os riscos Quando acontece um movimento de massa num terreno instável, a área fica ainda mais vulnerável a novas movimentações. O trabalho de resgate que exige escavação e a circulação de pessoas e máquinas pode provocar novos deslizamentos. Por isso o resgate é considerado tão complexo.
Sobreviventes As equipes que atuam em operações de resgate consideram significativas as chances de encontrar sobreviventes nas primeiras 24 horas após o acidente. Depois disso, a possibilidade passa a ser muito remota.
As equipes Em todo desastre atuam especialistas capazes de avaliar as condições do local para o resgate das vítimas. São engenheiros e geólogos que colaboram para o sucesso do trabalho das pessoas envolvidas diretamente com a localização e remoção das vítimas.
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