Arborização
Escolha certa ajuda a evitar problemas
Para as vias públicas, os especialistas recomendam o plantio de espécies de médio porte, no máximo. Isso evita problemas com a fiação elétrica e impactos de raízes expostas nas calçadas. Ipês coloridos e dedaleiros são interessantes para essas áreas, segundo o professor do curso de Engenharia Elétrica da PUC-PR Alexandre Kohler.
Em Maringá, essas e outras espécies de médio porte, como tamareiras e flamboyants, também são bastante usadas dentro do plano de arborização. Segundo a prefeitura, a cidade tem cerca de 100 mil árvores. As espécies de grande porte que não estão mais saudáveis são substituídas por espécies menores. Em outros casos, há o transplante da árvore para áreas mais adequadas.
A prefeitura também adotou um sistema de iluminação rebaixada em 40% da cidade, para evitar que a copa das árvores formassem barreiras para a passagem de luz. Ao mesmo tempo, foram implantadas calçadas ecológicas, que permitem a permeabilidade do pavimento, para que as raízes não sofram danos.
Enquanto alguns planos de arborização passam longe de árvores com dimensões maiores, a prefeitura de Londrina, no Norte do estado, vê nessas espécies uma boa alternativa para áreas de fundo de vale e canteiros. "É uma escolha que leva em conta benefícios em espaços onde não temos fiação elétrica nem calçadas. Se plantarmos só árvores de pequeno porte, podemos até ter problemas climáticos", comenta Alexsandra Siqueira, gerente de Áreas Verdes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema).
De acordo com a Sema, há em Londrina 6 mil pedidos para corte e poda de árvores. A metade dos requerimentos é voltada à erradicação. Ainda assim, segundo a secretaria, nem todas as solicitações têm justificativa aceitável. Alguns pedidos também são duplicados porque, mesmo após serem verificados, não receberam baixa.
Para o consultor em Meio Ambiente Cleuber Moraes Brito, ex-secretário de Meio Ambiente de Londrina, nos últimos anos se tem feito uma "demonização" em relação a árvores maiores. "Dizem que geram sujeira, cupim, estragam muro. O problema não são as árvores, mas a escolha das espécies para cada lugar", observa.
A meta da prefeitura de Londrina é plantar 100 mil árvores nos próximos três anos.
Em Curitiba, troca não considera idade
Em Curitiba, a execução do plano de arborização do município vem sendo colocada em prática desde 2009, em 23 bairros, e não considera a idade das árvores na hora da substituição, conforme explica a diretora do Departamento de Produção Vegetal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Érica Mielke. "O que temos feito é um plantio constante para promover a substituição nos casos necessários, como quando temos problema com inclinação excessiva ou comprometimento fitossanitário. Do contrário, fazemos só a poda de galhos que atrapalham a fiação."
Érica reforça que não é apenas pelo fato de estar madura que uma árvore será erradicada. "Avaliamos todo o comportamento desta árvore para escolher a melhor intervenção", pontua. Segundo a diretora, o setor tem procurado plantar cerca de mil novas mudas por mês, dando prioridade para espécies de porte menor, como extremosa e quaresmeira.
Na capital, cerca de 10 mil pedidos de corte de árvores por ano são feitos à prefeitura. No entanto, só 25% das solicitações são autorizadas.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora