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Quem passou nas últimas semanas pela BR-277, na altura da divisa entre Curitiba e São José dos Pinhais, deve ter notado uma grande concentração de espuma no Rio Iguaçu, ao lado de uma estação de captação de água da Sanepar. O problema, que está se tornando crônico, foi detectado no fim de agosto pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão ligado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente. A Sanepar ressalta que não utiliza água do Rio Iguaçu para abastecimento naquele ponto.

Segundo o IAP, a espuma vem se formando por causa do acúmulo de detergentes e outros produtos de limpeza doméstica e de higiene pessoal, que chegam ao rio junto com o esgoto doméstico despejado de forma irregular no rio. Na avaliação do IAP, a espuma vem aparecendo porque a diluição dos materiais de limpeza ficou prejudicada, pelo baixo volume de água nos rios. O órgão colheu amostras da água em agosto.

A origem do problema são as ligações irregulares de esgoto, que segundo a Sanepar são comuns na região. A lei determina que moradores de residências sem ligação à rede de esgoto instalem fossas, o que não estaria sendo cumprido. Outros problemas seriam as áreas de invasão e a grande presença de indústrias na região, que estariam lançando efluentes (esgoto tratado) fora dos parâmetros no rio. Além disso, caminhões limpa-fossa estariam despejando dejetos no rio.

Por meio de sua assessoria, a Sanepar informou que as ligações de esgoto na região dependem da liberação de recursos do Programa de Saneamento Ambinetal (Paranasan) e da Caixa Econômica Federal.

O IAP informou que há 13 anos monitora a qualidade da água da água em 72 trechos da bacia do Alto Iguaçu. Segundo o diretor de Estudos e Padrões Ambientais do IAP, Celso Bittencourt, os rios Itaqui e Pequeno, afluentes pela margem esquerda do Rio Iguaçu, são considerados "medianamente poluídos", devido à urbanização da região.

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