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Empresários como  George Soros e Pierre Omydiar são patrocinadores das causas de esquerda no Brasil.
Empresários como George Soros e Pierre Omydiar são patrocinadores das causas de esquerda no Brasil.| Foto: Wikimedia Commons.

Desde que Elon Musk lançou holofotes, na última semana, sobre e-mails que mostrariam tentativas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de obrigar a rede social Twitter (atual X) a compartilhar dados em massa de usuários e suspender contas, o debate sobre regulamentação da liberdade de expressão nas redes sociais ganhou novo fôlego, alimentando também uma discussão sobre as ações do empresário serem “interferência estrangeira”.

Foi dessa forma que o Senador Randolfe Rodrigues (sem partido – AP) se referiu às ações do dono da rede social X usando sua conta na própria rede social de Musk:

“Não aceitaremos interferência estrangeira que venha conspirar contra a nossa democracia! A decisão do ministro @alexandre [Alexandre de Moraes], de incluir Elon Musk no inquérito das milícias digitais, tem nosso total apoio. Toda e qualquer medida necessária para defender a democracia deve ser tomada com a máxima urgência! (...) Talvez essa notícia seja uma surpresa para bilionário mimado que serve aos interesses do neofascismo, mas, no Brasil, ainda vigoram as leis brasileiras...”

A retórica do senador Randolfe Rodrigues, no entanto, omite que a esquerda brasileira, da qual Randolfe é parte, é constantemente beneficiada com ajuda externa de ONGs e bilionários estrangeiros.

Ajuda essa que poderia ser rotulada como interferência estrangeira com muito mais facilidade, já que no caso dessa “mãozinha” para a esquerda, quase sempre o que ocorre não são críticas em redes sociais, mas muito dinheiro sendo investido em movimentos que pretendem interferir na legislação, sociedade e cultura brasileiras.

A seguir, destacamos casos em que fundações, ONGs e bilionários estrangeiros ajudaram defensores de pautas ideológicas de esquerda, interferindo na discussão e nos rumos da política nacional.

Financiamento estrangeiro da causa pró-aborto 

Em matéria da Gazeta publicada há quase um ano sobre um relatório contraditório da ONG pró-aborto Instituto Anis, ficaram expostos mais uma vez os interesses da organização. Os autores da Pesquisa Nacional de Aborto (PNA) recebem recursos de organizações estrangeiras que desejam alterar a legislação sobre aborto no Brasil.

Desde 2006, o Instituto Anis recebeu US$ 940 mil da Fundação Ford e, desde 2016, US$ 435 mil da Fundação Open Society, ligada ao magnata George Soros.

A PNA é apresentada como uma fonte legítima de dados no debate sobre o aborto pelo governo brasileiro.

Os milhões de dólares de Soros em ONGs brasileiras 

Levantamento exclusivo da Gazeta do Povo revelou que cerca de cem ONGs brasileiras foram beneficiadas com a interferência estrangeira da Fundação Open Society, liderada por George Soros, que repassou US$ 19,9 milhões, valores equivalentes a R$ 107,2 milhões no câmbio do período, para organizações atuantes no Brasil apenas ao longo de 2021.

O Instituto Clima e Sociedade foi o maior beneficiado, recebendo US$ 1,5 milhões, seguido pelo Instituto Alana e pela União Nacional dos Estudantes, todas entidades publicamente ligadas a agendas políticas da esquerda.

Outras organizações incluídas na lista de beneficiários foram o INESC, o GAJOP, a Associação Marielle Franco e a Fundação Instituto Fernando Henrique Cardoso.

Algumas das causas promovidas pelas organizações financiadas por Soros incluem a descriminalização das drogas, a promoção da agenda LGBT e a defesa das pautas do movimento negro.

Outro caso notório é o Instituto Igarapé, fundado por Ilona Szabó, uma entidade que se apresenta como um think tank, produzindo pesquisas com viés de defesa do desarmamento civil, da descriminalização de drogas e da política de desencarceramento. O Instituto de Szabó também tem entre seus principais financiadores a Fundação Open Society, que de acordo com levantamento da Gazeta do Povo, com base em dados da própria fundação, desembolsou mais de US$ 1,5 milhão para apadrinhar suas pautas políticas entre 2016 e 2019.

Ilona quase chegou a fazer parte do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária em 2019, na época por indicação do então ministro da justiça Sergio Moro, que a desconvidou após a repercussão negativa nas redes sociais.

Na página inicial do Instituto Igarapé, a organização declara que seu trabalho consiste em “propor soluções para as agendas de segurança pública, climática e digital por meio de pesquisas, novas tecnologias, comunicação e influência em políticas públicas e corporativas”.

Pierre Omidyar, Intercept e o Caso “Vaza Jato” 

A Omidyar Network Foundation é a fundação filantrópica do empresário Pierre Omidyar, um francês naturalizado americano, porém, de origem iraniana, famoso por amealhar sua fortuna quando fundou o Ebay.

Omidyar é um bilionário progressista atuante nos bastidores da política americana, sendo um grande doador do Partido Democrata e um ávido investidor em projetos de jornalismo, reunindo várias publicações de esquerda sobre o guarda-chuva de seu empreendimento First Look Media, incluindo o Intercept, veículo responsável pelo que ficou conhecido como “Caso Vaza Jato”.

O caso consistiu no vazamento de mensagens privadas trocadas entre membros da força-tarefa da Operação Lava Jato. O Intercept Brasil iniciou uma série de reportagens a partir de junho de 2019, expondo conversas privadas entre o então juiz Sergio Moro e procuradores federais, levantando questionamentos sobre a imparcialidade de Moro e outros agentes públicos no processo que culminou com a prisão de Lula.

O papel do Intercept Brasil e seu financiador, Pierre Omidyar, foi importante para gerar a repercussão nacional e internacional que culminaria na soltura de Lula, em sua reabilitação política e consequente mandato presidencial atual.

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