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Trânsito

Estacionamento irregular dá 50 multas por dia no Batel

A Rua  Ângelo Sampaio  tinha vários carros estacionados ontem, após as 17 horas. Falta de guincho prejudica desobstrução das vias | Fotos: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
A Rua Ângelo Sampaio tinha vários carros estacionados ontem, após as 17 horas. Falta de guincho prejudica desobstrução das vias (Foto: Fotos: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo)
Agentes têm orientação de esperar 15 minutos antes de registrar a multa |

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Agentes têm orientação de esperar 15 minutos antes de registrar a multa

Quase 50 motoristas foram multados diariamente por estacionamento irregular, na primeira quinzena deste mês, somente nas ruas Coronel Dulcídio, Brigadeiro Franco, Desembargador Motta e Ângelo Sampaio. Foram 730 autuações (48,6 por dia) nesses trechos, onde é proibido estacionar entre 17 e 20 horas. A proibição tem quase um ano, mas os números mostram que ela não é respeitada.

Para os infratores há uma novidade pouco agradável: o número de vagas no centro da cidade vai diminuir mais. Em alguns trechos das vias acima será proibido estacionar durante o dia todo. Também entram na lista as ruas Carlos de Carvalho, Getúlio Vargas, Silva Jardim e Visconde de Guarapuava, que terão as pistas bloqueadas totalmente para estacionamento durante o dia em todo o percurso. As multas por estacionamento irregular correspondem a 20% do total em Curitiba.

Se o ritmo de autuações continuar o mesmo da primeira quinzena de setembro, a prefeitura poderá arrecadar em um ano mais de R$ 1 milhão somente nas quatro ruas localizadas no Batel. O valor mínimo pago é R$ 53, que corresponde a uma infração leve com perda de três pontos na carteira de motorista. De acordo com Rosângela Battistela, diretora de trânsito da Urbs, apesar de desagradar a alguns motoristas, a restrição dos locais e horários de estacionamento desafogou o trânsito. "O tempo para percorrer alguns trechos chegou a diminuir 12 minutos".

Mas a fiscalização dos estacionamentos irregulares tem um grande empecilho: a falta de guinchos na capital. O processo licitatório para a contratação de guinchos terceirizados foi iniciado este ano e está em fase final. As primeiras previsões da Urbs eram que o serviço já estaria em funcionamento em junho, mas atualmente o prazo é o começo do ano que vem. Rosângela afirma que a publicação do edital e conclusão da licitação não devem demorar, já que o serviço não irá onerar o poder público. "Os gastos serão pagos pelo motorista infrator, desde o transporte até a permanência", diz. A empresa que oferecer o menor valor será contratada.

A falta de guinchos deixa a fiscalização pela metade, pois mesmo que o motorista seja multado, o veículo continuará a obstruir o trânsito. "Nossos agentes ainda aguardam 15 minutos para iniciar as autuações, mas quando o motorista não vem não há nada que possa ser feito", diz Rosângela. Outro problema é a falta de efetivo para monitorar as vias. "Infelizmente não podemos ficar com uma pessoa em cada esquina". Hoje existem na cidade menos de 200 agentes de fiscalização, que se dividem em quatro turnos. Após as 18 horas, o número de fiscais na rua não passa de 20.

Comércio x fluidez

Os motoristas que circulam pelas ruas com restrição de estacionamento se dividem nas opiniões. O grupo contrário acredita que a falta de vagas prejudica o comércio próximo a essas vias. Os favoráveis apontam que a fluidez do tráfego compensa. Pouco depois das 17 horas de ontem, a Rua Ângelo Sampaio ainda estava cheia de carros estacionados. Alguns motoristas chegam a colocar o Estar (Estacionamento Regulamentado) para 17 e 18 horas, enquanto outros dão voltas na quadra para despistar a fiscalização.

O sommelier Alexandre Abranches foi pego de surpresa. Ele iria resolver um problema de trabalho e estacionou na Ângelo Sampaio após as 17 horas. Quando questionado sobre a proibição, Abranches disse que não sabia. "A cada dia fica mais difícil sair de casa com o carro." O sommelier diz que precisa se deslocar para locais próximos a restaurantes e bares e quase nunca encontra vagas. Como sugestão, ele acredita que se deveria ampliar os locais com Estar. "Assim aumentaria a rotatividade sem acabar com as vagas."

Já a empresária Luciana Fontineli diz que esqueceu do horário. Ela foi a um sindicato também localizado na Ângelo Sampaio e chegou a colocar o Estar para depois das 17 horas. Apesar de ter que mudar o carro de lugar, ela não reclama. "Estou sempre por aqui e vi que o trânsito melhorou muito. Compensa."

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