Apesar de o número de roubos ter diminuído em 2006 nas estações-tubo de Curitiba e região metropolitana, elas continuam na mira dos assaltantes. A estação Avenida da República, no bairro Parolin, foi a mais roubada, com média mensal igual à da linha de coletivo que lidera a lista das mais assaltadas.

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No local, o clima é de tensão devido à atuação das gangues. Segundo cobradores que preferem não se identificar, uma mulher havia sido assaltada dentro do biarticulado Circular Sul e os ladrões fugiram naquele ponto, meia hora antes da chegada da reportagem da Gazeta do Povo. Outros três tubos (Marumbi, Antero de Quental e Lindóia) que servem de parada para o Circular Sul, no bairro Portão, estão no ranking das mais assaltadas. A única maneira que o cobrador J.S., 30 anos, encontrou para proteger a sua vida foi fazer um pacto com os assaltantes. "O jeito é não reagir e ficar na minha. Temos de fazer de conta que somos amigos", diz.

Na região do Alto Boqueirão, a atuação das gangues e o estilo de roubo podem estar se repetindo este ano. De acordo com o gerente de operações da empresa Redentor, Cláudio Cordeiro Filho, só nos 15 primeiros dias de 2007 houve 34 roubos, a maior parte (23) nas estações Nova Europa, Eucaliptus, Euclides da Cunha e Érico Veríssimo. "Já tive de trocar quatro cobradores que ficaram com medo", diz. Um deles é P.R., 52 anos. "Eles ameaçaram meter tiro. Não quero mais voltar a trabalhar lá", diz. (TD)

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