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Ainda é grave o estado do cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade, atingido por um artefato explosivo durante o protesto contra o reajuste das passagens na Central do Brasil na última quinta-feira. O boletim médico divulgado neste domingo pela Secretaria municipal de Saúde informa que Santiago permanece internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro.

O cinegrafista, que teve afundamento craniano e perdeu parte da orelha esquerda foi submetido a uma cirurgia de cerca de quatro horas na quinta-feira. Dois drenos foram colocados na cabeça para diminuir a pressão craniana, e neste sábado uma tomografia realizada no hospital comprovou que a hemorragia intracraniana foi controlada.

A polícia já pediu ao Comando Militar do Leste, à Supervia e à prefeitura do Rio imagens de câmeras de segurança instaladas no entorno do local onde Santiago foi atingido. O objetivo é verificar se alguma delas mostra o rosto do homem que acendeu o rojão. O tatuador Fábio Raposo, que aparece em imagens dos protestos carregando o rojão foi preso na manhã deste domingo, e policiais da 17ªDP (São Cristóvão) esperam identificar o homem a quem ele teria entregue o rojão, que aparece nas imgens vestindo uma camiseta cinzenta e calças jeans. A rádio Bandnews FM publicou neste sábado, em sua conta no Twitter, um pedido de doação de sangue para o cinegrafista. O tipo sanguínio de Andrade é O+, e doações podem ser feitas no Hemorio, na Rua Frei Caneca, 8, no Centro.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a Associação Nacional de Jornais (ANJ), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e o diretor-presidente da TV Cultura, Marcos Mendonça, publicaram notas de repúdio contra o ataque realizado contra o cinegrafista ferido.

De acordo com a Abraji, o profissional da Band é o terceiro jornalista ferido em manifestações em 2014. No dia 25 de janeiro, dois jornalistas foram feridos em São Paulo: Sebastião Moreira, da Agência EFE, foi agredido por PMs; Paulo Alexandre, freelancer, foi atacado por guardas civis metropolitanos.

Santiago Andrade, de 49 anos, é casado e tem uma filha.

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