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O bebê prematuro que nasceu de uma cesariana realizada por médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Montes Claros (MG) ainda luta para sobreviver. A mãe do bebê já estava morta. O parto da criança do sexo masculino, com sete meses de gestação, foi feito cerca de 20 minutos depois da dona de casa Cristiane do Carmo Silva, de 24 anos - grávida de gêmeos -, ser assassinada com um tiro na cabeça pelo ex-namorado, um menor de 17 anos. Com a ação rápida dos médicos, uma criança foi tirada do útero ainda com vida. A outra não sobreviveu.

Porém, o quadro clínico do prematuro - que simbolicamente vem sendo chamado de Sérgio, uma homenagem ao méedico Sérgio Barcalla Jorge, que realizou a cesariana - inspira muitos cuidados, informou hoje (22) Helder Leone Alves Carvalho, coordenador da UTI Neonatal do Hospital Universitário Clemente Faria.

O bebê nasceu com apenas um quilo, respira com ajuda de aparelhos e os médicos precisam usar medicamentos para o controle da pressão arterial e dos batimentos cardíacos.

Segundo Alves, a instabilidade cardíaca e da pressão arterial é resultado, principalmente, do período em que a mãe estava morta e faltou oxigenação no útero. Os médicos ainda não sabem as eventuais repercussões neurológicas na criança dessa falta de oxigênio. "Mas possivelmente isso aconteceu", disse o coordenador da UTI.

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