A coordenadora Estadual de Políticas para a Diversidade Sexual da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo, Heloisa Gama Alves, afirmou nesta quarta-feira (20) que o governo paulista está atento no sentido de evitar a intolerância sexual. No seu entender, tanto o governo quanto a sociedade civil precisam dar respostas concretas aos abusos cometidos, como por exemplo, o espancamento de um pai e seu filho, ocorrido quando foram confundidos com homossexuais, no município de São João da Boa Vista. "Isso é preocupante. Não podemos deixar de estar atentos a esse problema", afirmou, durante conversa realizada no início da tarde com internautas da rede de microblogs Twitter.
Na última sexta-feira, pai e filho foram espancados quando andavam abraçados na Exposição Agropecuária Industrial e Comercial (Eapic), em São João da Boa Vista. Um grupo de 20 pessoas os abordou para perguntar se eram homossexuais. O pai, de 42 anos, tentou explicar que eles eram da mesma família, mas levou um soco. Ele teve parte da orelha decepada e o filho, de 18 anos, ficou ferido levemente.
Heloisa disse que o delegado que investiga o caso chegou a pedir a prisão de um dos suspeitos, o que foi negado pela Justiça. "Pena que o Judiciário não pensa da forma como nós pensamos", lamentou. Para negar a prisão, o magistrado citou lei que não autoriza a prisão temporária de suspeitos de lesão corporal.
A coordenadora listou algumas iniciativas do governo de São Paulo contra a homofobia, tais como a divulgação da lei 10948/01 que prevê penalidades contra a discriminação sexual e a orientação de jovens nas escolas, pais e autoridades a respeito do assunto. Ela citou ainda a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) como um avanço no combate à homofobia. "Essa é a nossa ferramenta mais importante", disse. E mencionou planos do governo estadual em criar um mapa da violência contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (GLBT).
Heloisa disse, ainda, que o governo do Estado não pode impedir manifestações de igrejas contra relações homoafetivas por conta do direito fundamental de liberdade de expressão e religiosa. "Mas o que não podemos tolerar é a violência contra o homossexual", afirmou.
Reforma tributária eleva imposto de profissionais liberais
Dino dá menos de um dia para Câmara “responder objetivamente” sobre emendas
Sem Rodeios: José Dirceu ganha aval do Supremo Tribunal Federal para salvar governo Lula. Assista
Além do Google, AGU aumenta pressão sobre redes sociais para blindar governo
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora