Estado que mais sofre com a epidemia de dengue, São Paulo terá, a partir de abril, um plano de emergência do governo estadual para conter o número de transmissões. A informação é do superintendente de controle de epidemias, Dalton Pereira da Fonseca. Ele está no Rio de Janeiro para um encontro de secretarias estaduais e municipais de saúde das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Nos próximos dois dias, será discutido o enfrentamento da epidemia de dengue e a ameaça de febre chikungunya - doença viral semelhante à dengue que é transmitida pelo mesmo mosquito.
Quinhentos dos 645 municípios paulistas já têm incidência de dengue. A região oeste é a mais afetada, principalmente o município de Sorocaba (a 99 km de São Paulo). Espera-se que haja, nos próximos meses, um aumento no número de ocorrências no litoral e na região da Grande São Paulo.
Cerca de 500 agentes serão contratados para ajudar os municípios a atenderem os pacientes, além dos 400 que o governo já disponibilizou. A iniciativa custará em torno de R$ 10 milhões - o projeto inicial previa R$ 25 milhões.
Para Fonseca, a explosão no número de casos em São Paulo se deve ao fato de o Estado não ter sido capaz de interromper as transmissões no segundo semestre de 2014 e também ao número elevado de infestações do mosquito. Segundo o Ministério da Saúde, até março foram registrados 224.101 casos de dengue no país, um aumento de 162% em relação ao mesmo período do ano passado.
Houve, até 7 de março, 1.049 casos de febre chikungunya no Brasil, sendo 459 na Bahia e 590 no Amapá. Em todo o ano de 2014 foram registrados 2.773 casos da doença. Levantamento do Ministério da Saúde feito a pedido da Folha de S.Paulo aponta que cerca de uma em cada dez cidades brasileiras já tem neste ano índices epidêmicos de dengue. Isso significa que, em 511 municípios do país, a incidência de dengue supera 300 casos por 100 mil habitantes.
São Paulo tem 268 municípios em patamar de epidemia, a maior quantidade entre os Estados. Em seguida estão Goiás, com 84 cidades, e Paraná, com 47. De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, 19 dos 27 Estados têm planos de contingência.
Coelho afirma que a vacina contra a dengue deve ficar pronta em 2016. Até lá, será realizado um estudo para apontar qual a população ideal pra ser vacinada e as áreas prioritárias. “O cenário a curto prazo é de pouca disponibilidade da vacina”, diz o coordenador.
A vacina está sendo desenvolvida pelo grupo francês Sanofi Pasteur. Outra está em fase de testes clínicos, no Instituto Butantã, na capital paulista.
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