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A família do menino João Roberto Amorim Soares, assassinado por engano por policiais militares do Rio de Janeiro em 7 de julho, ganhou na Justiça o direito de receber indenização para tratamento médico, bem como pensão por seis meses. A juíza da 4ª Vara de Fazenda Pública, Cristiana Aparecida de Souza Santos, determinou hoje que o Estado pague dez salários mínimos (R$ 4.150) ao taxista Paulo Roberto Soares, pai de João Roberto, e custeie tratamento psiquiátrico no valor de três salários mínimos (R$ 1.245) aos pais, avós e irmão mais novo de João, Vinícius, de um ano.

A juíza concedeu antecipação de tutela ao concordar com o pedido do advogado da família, João Tancredo, de que "a tragédia que se abateu sobre suas vidas está causando dificuldades de manter o equilíbrio emocional, estando o autor incapacitado de realizar sua profissão de taxista" e ainda que são necessários "cuidados na área de psicologia para elaborarem suas perdas com a finalidade de se evitar o agravamento da dor causada". O pagamento deverá ser feito por seis meses, quando haverá nova avaliação médica.

O governo do Estado informou que só vai se pronunciar a respeito da decisão judicial após ser notificado oficialmente. Policiais militares que perseguiam bandidos teriam confundido o veículo da mãe do menino, Alessandra Soares, com o carro de criminosos e acertaram 17 tiros no automóvel da família. João Roberto foi atingido por três tiros a menos de 50 metros de casa, na Tijuca, na zona norte da capital fluminense.

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