Dois advogados de Curitiba que conhecem o sistema penitenciário do Paraná fazem um alerta: apesar das negativas do governo, o estado corre o risco de assistir a rebeliões de grandes proporções. Segundo o criminalista Dálio Zippin Filho, integrante do Conselho Penitenciário do Paraná e da Comissão Nacional de Direitos Humanos, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) tem uma forte atuação no estado. Já para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), Cléverson Martinho Teixeira, o poder público deveria repensar toda sua atuação na área.
Para Zippin Filho, com as ações do fim de semana o PCC tentou demonstrar força para a sociedade. "O que mais me preocupa é as autoridades acharem que o PCC não existe", afirmou. "Tenho informações sérias de que o PCC atua, dá ordens e está extremamente ativo no estado. Eles recrutam novos soldados e estão aguardando as oportunidades para demostrarem força. Por enquanto, querem mostrar que têm organização."
Na avaliação de Teixeira, o momento para o poder público tomar uma atitude é este. "Acredito que as autoridades têm condições de conter essa onda de rebeliões. Mas se na seqüência não forem tomadas outras medidas, a curto, médio e longo prazo assistiremos a um desgaste do estamento (grupamento) policial", comentou o advogado. "Isso pode levar a uma descrença por parte da sociedade. Se houver descrença, o poder de contenção e enfrentamento vai ser cada vez mais diminuído."
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