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Hospital de clínicas - Reitor garante diretor no cargo

Ontem pela manhã, o comando da greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi até o Hospital de Clínicas (HC) para entregar ao diretor-geral, Giovanni Loddo, a carta aprovada no dia 26 de julho, em assembléia- geral, pedindo para que ele renuncie ao cargo. O comando afirmou que foi necessário "pular" a catraca de segurança para entrar no hospital.

Como os 40 representantes do comando não encontraram o diretor, eles colaram o pedido na porta da sala da direção e o leram em voz alta. O grupo não concorda com a posição do diretor em defender a criação de uma fundação estatal para administrar o HC e acusa Loddo de mover processos administrativos contra os servidores.

A assessoria do HC informou que em nenhum momento foi bloqueada a entrada dos funcionários e que eles pularam a catraca porque quiseram, já que têm crachás que liberam as catracas. O comando também entregou, à tarde, o pedido ao reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira Júnior. Ainda ontem, Moreira Júnior emitiu nota confirmando a permanência de Loddo no cargo, "pois avalia o doutor como profissional que muito contribuiu com o hospital público do estado do Paraná."

Pollianna Milan

Ponta Grossa – Cerca de 75 mil estudantes podem ficar sem aulas nas cinco universidades estaduais do Paraná. Os professores se reúnem hoje, em assembléia, para decidir se entram em greve por tempo indeterminado. No sábado, representantes das instituições aprovaram o indicativo de paralisação, que pode ser confirmado hoje. A principal reivindicação é a reposição salarial de 28% a 54%, dependendo da qualificação do professor. O governo propõe um reajuste de 6,57%.

Cada universidade vai realizar a sua assembléia separadamente. "Mas é certo que a proposta de greve será aprovada porque os professores estão descontentes e querem pressionar o governo, apenas definiremos como será encaminhada essa paralisação", diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Luiz Fernando Reis.

Em algumas universidades, entretanto, a greve por tempo indeterminado ainda não é dada como certa. "Uma greve sempre desencadeia um caos acadêmico, mas os professores concordam que é preciso fazer alguma coisa", declara a presidente do Sindicato dos Professores da Universidade Estadual de Londrina, Inês Almeida. Segundo a sindicalista, paralisações por tempo determinado, como uma semana por mês, não estão descartadas.

Já os universitários que podem ficar sem aulas pensam nas desvantagens da greve. A acadêmica do último ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Patrícia Scarpin, está preocupada com a entrega da monografia. Os estudantes também estão apreensivos com a possibilidade de despesas extras. A estudante de Administração, Juliana Macedo Mafra, mora em Ponta Grossa apenas para estudar. "Os gastos podem ficar maiores caso as reposições das aulas sejam durante as férias."

As universidades estaduais do Paraná estão presentes em 37 municípios diretamente ou atuando com projetos. Ao todo, são 6,7 mil professores e 9 mil funcionários. A última greve de grande adesão aconteceu em setembro de 2001, durando 170 dias.

Representantes da Secretaria de Tecnologia, Ciências e Ensino Superior (Seti) e do comitê de greve se reuniram na tarde de ontem, mas, por ora, não houve acordo. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Seti não informou qual deve ser a estratégia do governo para evitar a greve e assegurou que irá se posicionar hoje.

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