Com atraso de quase 60 dias, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) apresentou ontem os dados da criminalidade referentes ao quarto trimestre do ano passado. Os números deveriam ter sido divulgados no fim do mês de janeiro. Desde então, a Sesp vinha adiando a publicação do mapa do crime na internet. A novidade é que os dados de homicídios dolosos e de outros crimes dos anos de 2007 e 2008 foram atualizados – para menor –, seguindo uma nova metodologia adotada pelo governo.

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Segundo informação extraoficial, a divulgação demorou porque todos esses dados estavam sendo checados e auditados. As novas estatísticas divulgadas ontem não batem com os números dos três relatórios anteriores da Sesp (de janeiro a setembro de 2008) sobre homicídios, furtos, roubos e outros crimes, que, pelo novo cálculo, foram reduzidos.

A secretaria não revelou o porquê da demora para apresentar os dados. Sobre a atualização dos números de homicídios, que ficaram menores em Curitiba – comparando os dados dos relatórios trimestrais e com o relatório anual de 2008 –, a Sesp explicou que antes tudo era considerado homicídio (mortes em confrontos policiais, cadáveres encontrados abandonados e outras situações), e agora não é mais.

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Comparação

As estatísticas oficiais de criminalidade apontam que a grande Curitiba (capital e cidades vizinhas) registrou uma média de 3,4 homicídios dolosos por dia no ano passado. Já o Instituto Médico-Legal (IML) registrou uma média de 4 mortes violentas por dia no mesmo período, com o uso de arma de fogo e arma branca e por agressão.

Foram 1.265 homicídios dolosos reconhecidos nos números oficiais, contra um total de 1.465 mortes violentas (homicídios dolosos, homicídios culposos, latrocínios, mortes em confrontos policiais e suicídios) registrados pelo IML. O balanço do IML não inclui 478 mortes violentas cujo motivo depende de análises periciais e de investigações.

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