Herdeiro do artista morreu nesta semana
Dois dias depois de ver, maravilhado, a abertura da exposição com as obras do tio no principal museu do Paraná, Jiomar Turin sentiu-se mal e foi hospitalizado. Ele ficou várias semanas internado e não mais se recuperou. Morreu no domingo, aos 87 anos. João Turin não teve filhos e deixou, em 1949, 343 obras e 3,7 mil documentos para o sobrinho, que conservou, do jeito que pôde, por 64 anos, o legado de um dos mais relevantes artistas do estado. O acervo foi mantido em um barracão no Juvevê até ser comprado, em 2012, pelo colecionador Samuel Lago -- que iniciou uma série de ações para revitalizar as obras e reavivar a memória da importância do escultor.
Jiomar teve uma atuação marcante como advogado. Foi conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seccional Paraná, em diferentes gestões. Participou do Tribunal de Ética e Disciplina e foi vice-presidente da Caixa de Assistência dos Advogados. Foi sepultado no Cemitério Municipal Água Verde na segunda-feira.
Ontem, a homenagem feita pelo escultor João Turin ao jurista Rui Barbosa voltou revigorada à Praça Santos Andrade. As asas da águia estavam repletas de marcas de pedradas. Há um ano, temendo que a estátua fosse ainda mais danificada, os responsáveis pelo acervo do artista paranaense decidiram restaurá-la. Nos 78 anos em que esteve exposta em frente do prédio da Universidade Federal do Paraná, a obra nunca havia passado por reparos.
De acordo com Maurício Appel, gestor do acervo, a estátua tinha vários pontos de infiltração. Além das agressões provocadas por vândalos, a obra sofreu com a dilatação do metal por causa das variações de temperaturas na cidade. Uma das dificuldades foi encontrar a cor idêntica ao do latão usado na época em que a peça foi forjada.
"Não é qualquer profissional que pode fazer esse tipo de trabalho de restauração", comenta Appel. No Brasil existem apenas cinco fundições artísticas, sendo que só a de Curitiba é elétrica. Ele conta que foi feito um molde da peça para ficar em arquivo. Depois de restaurada, a obra está menos sujeita a roubo. Antes, estava apenas chumbada com cimento e agora uma trama feita no suporte garante mais segurança.
A Águia de Haia é a última das três estátuas em exposição pública que foram restauradas por meio de um acordo entre os responsáveis pelo acervo de Turin e a prefeitura de Curitiba. Também foram reparadas a representação de Tiradentes, que fica na praça de mesmo nome, e a onça que ganhou o nome Luar do Sertão, cravada na rotatória do Centro Cívico. Ambas as peças, também em latão, tinham fissuras que comprometiam a integridade das obras.
Quem quiser ver mais obras de João Turin pode visitar a exposição no Museu Oscar Niemeyer (MON). A mostra foi aberta ao público em junho e vai até novembro com a possibilidade de ser estendida até o início do ano que vem. Depois a coleção segue para a Pinacoteca de São Paulo e para o Museu Nacional de Belas Artes e daí para outros estados e para fora do Brasil.
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