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Rio Paraná

Estiagem reduz contrabando, afeta fiscalização e paralisa balsas

Canal que liga a Delegacia de Polícia Marítima – inaugurada pela Polícia Federal em novembro – ao Rio Paraná está seco | Jean Cleber/Revelle
Canal que liga a Delegacia de Polícia Marítima – inaugurada pela Polícia Federal em novembro – ao Rio Paraná está seco (Foto: Jean Cleber/Revelle)

Guaíra - As chuvas desta semana ainda não amenizaram os problemas de navegação no Rio Paraná que foram provocados pela estiagem de mais de 50 dias. Desde ontem as duas balsas usadas na travessia entre Guaíra e Salto del Guayrá deixaram de operar e até a Polícia Federal (PF) está com dificuldades para fiscalizar a fronteira devido às pontas de pedras que são uma ameaça às embarcações. Por outro lado, o setor de investigação da PF revelou que até o número de barcos com contrabando diminuiu no Rio Paraná, perto de Guaíra, por causa das dificuldades.

Na Delegacia Especial da Polícia Marítima (Depom), inaugurada em novembro pela PF no Centro Náutico de Guaíra, os barcos e lanchas tiveram de ser recolhidos porque o lago usado como estacionamento está quase seco. A PF informou que, quando precisa fazer alguma operação no Rio Paraná, os barcos são levados para outro ponto em Guaíra, o que acaba atrasando os trabalhos.

Mas as operações foram reduzidas nos últimos dias porque os riscos de navegação aumentaram em função do nível baixo e da grande quantidade de pedras expostas. Os policiais estão aproveitando a situação para mapear os melhores pontos de navegação quando o nível do rio aumentar.

Além de esperar por mais água no Rio Paraná e no Lago de Itaipu, a Depom também espera pelos 15 novos agentes que estão concluindo o curso de formação em Brasília e devem chegar a Guaíra na metade de janeiro.

Balsas paradas

A medida mais drástica em função do baixo nível do rio foi adotada ontem pela Mineração Andreis, responsável pelas duas balsas que fazem a travessia entre Guaíra e Salto del Guayrá, no Paraguai: a interrupção do serviço. Segundo o gerente do setor na empresa, Nédio Frare, há algumas semanas as balsas aumentaram de 30 minutos para uma hora a travessia porque eram obrigadas a mudar o trajeto para fugir dos bancos de areia e pedras. Frare não soube informar a quantidade de veículos que estava usando as balsas, mas afirmou que os prejuízos já começaram a aparecer. Com isso, quem vai ou retorna do Paraguai precisa usar a ponte Ayrton Senna. As balsas são mais usadas pelos caminhões que trazem cargas do Paraguai ao Brasil.

Lago de Itaipu

O nível do Lago de Itaipu está três metros abaixo do normal de operação, segundo informou ontem a assessoria de imprensa da Usina de Itaipu. Normalmente, o lago mantém o nível de 219 a 220 metros e ontem marcou 217,24. Apesar da redução no nível, a usina garantiu que a produção de energia elétrica continua normal e não sofre ameaças, já que a previsão é de que em poucos dias o nível do lago e do rio Paraná deverá voltar ao normal.

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