Pelo menos sete plantas quase idênticas de igrejas curitibanas já chegaram às mãos do arquiteto Cláudio Maiolino, todas no estilo predominante na arquitetura da capital o neogótico. São os casos das duas Bom Jesus e a Santo Antônio de Orleans. Por ser uma linguagem típica da Europa do final do século 19, início do século 20, os imigrantes alemães e italianos a reproduziram com os pés nas costas quando ergueram suas primeiras igrejas na cidade, muitas vezes recorrendo aos préstimos dos mesmos construtores. Não era pecado. Além do mais, havia facilidades a granel. Lojas de adornos vendiam frisos e frontões numa escala industrial.
"Circulavam pela cidade catálogos com modelos de construções. A reprodução de plantas fica mais simples. Estava à mão", explica Maiolino. Ele lembra de ter encontrado o livro de imagens do qual o religioso alemão frei Vicêncio retirou as pinturas internas da Igreja do Bom Jesus, na Rui Barbosa. Mas ainda não há como saber quantas igrejas ecléticas categoria em que essa releitura do gótico do século 13 e 14 se encaixa existem na capital.
De acordo com levantamento da Cúria Metropolitana, a Arquidiocese de Curitiba tem 156 paróquias e cerca de 1,5 mil templos, contando igrejas, capelas e oratórios. De todas essas construções, 31 são Unidades de Interesse de Preservação (UIPs) e sete bens tombados pelo estado do Paraná.
Conjuntos como o Bom Jesus do Centro e Bom Jesus do Portão, com torre única, arcos e vitrais típicos do neogótico, são o bastante para atestar a visibilidade do estilo na capital. A Bom Jesus do Centro, por exemplo, é dotada das melhores técnicas de pintura disponíveis na virada do século 19 para o 20, como a têmpera oleosa, que resistiu à retirada de oito camadas de tinta durante o restauro, há dez anos. Contou a seu favor o apoio financeiro da comunidade alemã.
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